Brasília no mundo
Em meio ao isolamento social por conta da pandemia, da secura e do calor, chegam-nos notícias alentadoras de toda parte onde o cinema brasiliense marcou presença nos últimos dias. A mais recente safra dos filmes realizados aqui alcançou as melhores posições em festivais internacionais que vão de Miami a Barcelona, de Gramado a Nova York, do Canadá ao Mercosul, de Trindad e Tobago ao É Tudo Verdade, de São Paulo. Ali se destacaram com suas obras os cineastas Renê Sampaio, Renato Barbieri, Cibele Amaral, Marcelo Diaz, Iberê Carvalho, Edileuza Sousa, entre outros. Esse sucesso que surpreende pelo número de filmes laureados ocorre em boa hora justamente quando a Secretaria de Cultura do DF, sob a batuta de Bartolomeu Rodrigues, se mobiliza para realizar, em dezembro próximo, a esperada edição deste ano do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais antigo e dos mais importantes do país. Axé!
» Vladimir Carvalho,
Lago Norte
Carta a Ricardo Salles
Apraz-me registrar alguma considerações a respeito da decisão do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), do qual é presidente, que revogou as regras de proteção das áreas de restingas e manguezais. Certamente, Sua Excelência sabe que o meio ambiente é formado por tecidos, órgãos, sistemas circulatórios e respiratórios de um organismo vivo planetário. Conforme venho alertando desde 1986, em meus livros, qualquer agressão contra uma parte do meio ambiente afeta o fucionamento de todo organismo do planeta. As áreas de manguezais são berçários vivos de toda uma vida marinha, onde nascem inúmeras espécies de moluscos, peixes e crustáceos, mas o Brasil já perdeu mais de 20% desse bioma, nos últimos 20 anos. E, agora, vai perder o restante? As áreas de restingas são proteções naturais das areias e dunas contra as erosões causadas pelo águas do mar, que afetam cerca de 60% de todo o litoral brasileiro. Vamos para 100%? Assim, a revogação escancara portas e janelas para a inesgotável ganância, que chega destruindo o meio ambiente de um lugar, afetando toda uma região em volta. Com profundo pesar e perplexidade, vemos a degradação do meio ambiente ocorrendo em nosso Brasil, a favor de interesses puramente financeiros, destruindo o patrimônio ambiental brasileiro. Cada vez mais, vamo-nos arrependendo das nossas inconscientes agressões passadas e atuais diante do quadro de reações do meio ambiente que contemplamos e vivenciamos. Que preço vamos pagar por tanta inconsciência, senhor ministro?
» Marcos Augusto Falci Garzon,
Brasília
Cerrado
Com emoção, apresento a nossa gratidão pelo destaque dado à natureza em seu dia. Dia inspirado em São Francisco. Sou leitora do Correio desde o primeiro número, e meu marido, Antonio Carlos Osorio, um dos primeiros assinantes. Mas, uma homenagem como a de domingo (4/10) nos tocou a alma. O brasiliense precisa estar ciente da importância da natureza em nossa vida, em especial os governantes, secretários e empresários que anseiam pelo Pdot com olhos grandes, prontos para destruir o cerrado — berço das águas. Palmas, muitas palmas para a sensibilidade da jornalista Ana Maria da Silva, ao fotógrafo KK, que soube captar o Canjerana, na primeira e única Rua Ecológica do Lago Sul.
» Natanry Osório,
Lago Sul
Cloroquina
Diversos missivistas, inclusive médicos, têm defendido a utilização da cloroquina na prevenção e tratamento da covid-19. Fiquei muito encucado com um fato. O homem mais poderoso do mundo, Donald Trump, alardeou que tomou cloroquina para prevenir e, assim mesmo, pegou o vírus. No tratamento, podendo usar tudo e qualquer produto em teste, inovador ou consagrado, não teve a prescrição de um só grama da cloroquina. Em resumo: ou os médicos americanos são completamente incompetentes ou a cloroquina que aqui canta não canta como lá.
» Sylvain Levy,
Asa Norte
Imparcialidade
Sempre entendi que o bom jornalismo é neutro, não influenciável, que se baseia em fatos comprobatórios, mesmo quando o jornalista trata de uma coluna opinativa. Também respeitava o jornalista Alexandre Garcia com sua sobriedade e sua escrita fácil e bem elaborada, porém, nos últimos anos, coincidentes com a entrada dele no CB, ele parece que se deixou levar pela mosca do poder, sua proximidade com o governo federal o tirou a imparcialidade, e seu convívio com os ocupantes provisórios da Presidência da República o faz fugir dos fatos comprobatórios, perdeu-se, perdeu a imparcialidade, perdeu o embasamento de suas matérias, triste fim de um grande jornalista. Poderiam os críticos acusá-lo de senilidade, mas não é justo e descabido, muitos idosos envelhecem em plena capacidade de seu juízo. O comentário da coluna (7/10) é um desserviço à sociedade e comete lamentáveis equívocos que têm como propósito agradar apenas ao mandatário temporário desta nação. Deixo aqui meu protesto para que o senhor redator não deixe que o seu jornal se encaminhe ou corrobore com tais situações.
» Iran Nunes,
Brasília