Insesatez
Não é preciso grande capacidade de análise para perceber que vivemos tempos de profundas transformações, diante da pandemia covid-19. Diversas novidades nas redes sociais e fora delas v”em mudando a maneira como as pessoas vivem, consomem e se expressam. Tal cenário, marcado pela velocidade e pela instabilidade, tem repercutido de modo inconteste na cena política brasileira, nem sempre de forma positiva. A sensação é de uma enorme confusão, como se não houvesse espaço para a reflexão ou um julgamento mais ponderado dos fatos. A partir desta nova dinâmica, muitas vezes impulsionada pelo comportamento insensato e falta de juízo do próprio presidente Bolsonaro, que tratou o novo coronavírus, inicialmente, como uma “gripezinha” e, agora, enfatiza, que com pandemia, ficar em casa é conversinha mole para fracos. Absurdo! Diante de um quadro tão anárquico na área da saúde, avaliar a gestão do Ministério da Saúde não é uma tarefa fácil. Sem dúvidas, há méritos inequívocos na atual administração, a exemplo da reforma da Previdência, da MP da Liberdade Econômica e das privatizações que serão implementadas pela equipe econômica. Por outro lado, as inúmeras declarações do presidente e alguns posicionamentos equivocados, como a política de desmonte ambiental, provocam um imenso tumulto na condução do governo e rombos na imagem do país junto aos investidores. Como disse Abraham Lincoln (1809-1865), o mais célebre presidente da história americana: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo”. Muito menos em tempos como estes, de transformação.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Corrupção
O povo espera que, com a posse do ministro Juiz Fux como presidente do Supremo, o combate à corrupção, empreendida com sucesso pela Lava-Jato, que deu esperança de dias melhores ao brasileiro, seja retomada com fervor. Espera, principalmente, que a pauta “prisão em segunda instância” seja retomada de imediato. Para isso, acredito, precisará contar com o apoio desse Congresso, o qual muito dos congressistas têm problemas com a Justiça, o que torna “épica” essa decisão a favor do povo. O que não dá mais é ver esses ladrões dos cofres públicos ficarem por aí, livres e soltos, locupletando-se com as importâncias surrupiadas dos cofres públicos, tirando banca de heróis e humilhando o país.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
TV no Brasil
Muito bem retratada pela Revista do Correio “A rainha do lar” (20/9, págs. 24/25). Há exatos 70 anos, nascia a TV no Brasil. Parabéns aos repórteres, cinegrafistas, apresentadores, editores, produtores, sonoplastas e todos os mais que fazem a tevê brasileira, em especial a de Brasília, acontecer! Viva!
» José Ribamar Pinheiro Filho,
Asa Norte
Correios
Em 15 de agosto último, foi publicada uma missiva minha criticando os Correios. Na ocasião, pretendia fotografar o AR de uma correspondência com o código de rastreamento para ter a prova do envio, uma vez que o recibo com o código não especifica o destinatário por completo, e fui impedido por razões de “sigilo postal”, mesmo sendo o remetente. Pois bem: a referida correspondência foi enviada em 14/8 e, acreditem, até a presente data, consta apenas como “objeto postado” na agência dos Correios da EQS 104/304, conforme última consulta antes de enviar esta carta. Entendo que há uma greve, porém, o movimento não tem o condão de impedir o cumprimento de um serviço público monopolizado, pelo qual o consumidor efetivamente pagou, além do fato de que o atraso tolerado em razão da paralisação ultrapassou a razoabilidade. Enviei reclamação à Ouvidoria e e-mail diretamente à agência. Tudo em vão. Como a correspondência se tratava de um documento extremamente importante e o destino era aqui mesmo para Brasília, obtive uma segunda via e entreguei pessoalmente no órgão de destino. Agora, a briga será para obter de volta o dinheiro pago e, ainda que seja ínfimo, faço questão de não deixar para trás. Torço veementemente para que os Correios sejam logo privatizados e, tão logo se encerre o monopólio postal, que esta famigerada empresa seja engolida pela concorrência.
» Ricardo Santoro,
Lago Sul