Na última sexta-feira, os veículos de comunicação, em geral, celebraram os 70 anos da chegada da televisão no Brasil. O marco é a primeira transmissão televisiva do país com a inauguração da TV Tupi, o Canal 3, após grande investimento do empresário Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, que trouxe os equipamentos técnicos para o território brasileiro.
O estranho tubo “que aprisionava as pessoas lá dentro”, como muitos imaginavam no início ao tentar entender a “mágica” por trás das transmissões, foi tornando-se, aos poucos, um artigo indispensável na vida do brasileiro.
Foi pela telinha que o país assistiu momentos históricos, seja no Brasil, seja no mundo. Da queda do Muro de Berlim, na Alemanha, ao atentado de 11 de setembro, nos Estados Unidos. Do sequestro ao ônibus 174, no Rio de Janeiro, aos protestos de 2013 que se alastraram pelo Brasil. Tudo isso acompanhamos com os olhos hipnotizados no televisor.
Mas não foi só o noticiário que colocou o público de olho na telinha, também as histórias cativaram a todos. As novelas, o formato mais brasileiro de dramaturgia, viraram paixão nacional. Ditaram moda, mobilizaram o país e, em alguns momentos, até dividiram a população entre lados de um triângulo amoroso, recurso comum nos folhetins.
Com o tempo, outros formatos foram ganhando força: talk show, programas de entretenimento, até chegar ao reality show, gênero que entrou para a rotina dos brasileiros. Mesmo que seja só para falar mal, lá está o povo mobilizado por atrações como Big brother Brasil e A fazenda, para citar exemplos que perduram na televisão brasileira há mais tempo.
O notório é que, nesses 70 anos, a tevê fez parte da história do país e das lembranças da maioria da população brasileira. Espelhou os costumes, ditou tendências e retratou grande parte da narrativa tupiniquim. Um viva a tevê!