Ministro efetivado
O Ministério da Saúde, criado em 25 de julho de 1953, comemorou, em 2020, o 67º aniversário. Nesse período, teve como ministros trinta e cinco médicos, três advogados, dois engenheiros civis, além de bioquímico, químico, odontólogo, farmacêutico, economista, diplomata e general, sendo um formado em cada uma dessas profissões. Portanto, acredito ser improcedente a reclamação de que o general Eduardo Pazuello (efetivado no cargo na quarta-feira), por não ter formação em medicina, não esteja preparado para ocupar a pasta, pois o próprio diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom, não é médico, e sim biólogo e, a maioria dos ocupantes do ministério, quando da nomeação para o cargo, era oriunda do meio político e não do exercício da medicina. O general Pazuello demonstrou, em sua interinidade, ser um gestor capacitado e de comprovada liderança. Além de outras missões de natureza militar, atuou na coordenação das tropas do Exército nos Jogos Olímpicos de 2016, e coordenou a Operação Acolhida, que cuida de refugiados da Venezuela em Roraima.
» Humberto Aquino,
Asa Norte
A lenda de Prometeu
Após a criação do homem, Prometeu achou por bem dar-lhe de presente o fogo dos céus. Com ajuda de Minerva, capturou em sua tocha um raio de sol. De posse do fogo, o homem poderia construir armas e ferramentas, cunhar moedas e promover o comércio globalizado. Naquele tempo não se falava no efeito estufa nem no aquecimento da Terra. Zeus, indignado com a audácia da proeza, amarrou Prometeu num rochedo onde um abutre vinha todos os dias comer-lhe o fígado, que se regenerava durante a noite, para ser comido de novo pelo rapinante no dia seguinte. Prometeu, revoltado, foi na pedra acorrentado, mas não se deu por vencido. Ficar ali no rochedo, era o eloquente sentido da humana condição. Criatura mutilada, nos grilhões aprisionada, faz da dor sua missão. Em sua resistência muda, olhava o céu com desprezo. A vontade era mais forte e mais tenaz do que o medo. A faísca que caiu do céu também fez e aconteceu. Botou fogo nas queimadas, nos prédios e arranha-céus. Devastou nossas florestas, o mundo hiperaqueceu. Geleiras se derretendo, água fervendo nos rios, bois morrendo sem pastar. Vulcões de lavas ardentes, o mundo inteiro está quente, quem irá nos refrescar? Ah, Prometeu, que tremenda ousadia, roubar o fogo dos céus! Agora não tem mais jeito, em vez do antigo dilúvio, fogueira, dizimação. Que inveja causou a Júpiter, tirando dele o fogaréu. Ah, Prometeu arrogante, você viu no que deu?
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
Máscaras
Na manifestação de 15 de setembro, quando Bolsonaro se aproximou da multidão, na frente do Palácio do Planalto, sem usar máscara, os partidos de oposição e a imprensa, em uníssono, como se fosse uma lição decorada, acusaram-no de ter colocado em risco a saúde de todos os brasileiros e de ser genocida. Na solenidade de posse como presidente do STF, em 11/9, todos usavam máscara, menos o ministro Luiz Fux. Não li nem ouvi, em nenhum órgão de imprensa, a mesma acusação contra o empossado. O ministro não colocou ninguém em risco ou é perseguição declarada contra Bolsonaro? Pois não existe uma vez sequer que o presidente apareça em público sem máscara que isso não seja posto em relevo pela imprensa e acerbamente condenado. As demais autoridades são esquecidas. Isso está monótono, medíocre e cansativo.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul
Educação
A educação brasileira tem um nível ruim, pois o governo não investe o que deveria. É sempre a mesma coisa: quando candidatos, prometem mundos e fundos e quando eleitos colocam as promessas na gaveta. O problema começa com a remuneração paga aos professores, que é uma das piores do mundo. Como exemplo de promessas vazias, temos o DF, onde o governador falou, durante a campanha, que um professor deveria ganhar mais do que um juiz — se fosse um terço disso já seria um milagre! Parece piada, mas é a trágica realidade da capital do país! Tomara que com o novo Fundeb esta situação mude. Para melhor, é claro!
» Washington Luiz Souza Costa,
Samambaia