Sr. Redator

Covid-19

O maior sucesso no combate à covid-19 foi, sem dúvida, a recuperação dos afetados pela doença. Em todo Brasil, a taxa de cura foi superior a 80%, e, em Brasília, mais de 90% dos hospitalizados, os mais graves, saíram do quadro. O sistema público de saúde, o tão criticado SUS, respondeu ao desafio e correspondeu às expectativas da população. O que chama a atenção é a incompreensão de muitos, e mesmo a recusa de alguns, em entender que o isolamento e o distanciamento social tiveram e ainda têm uma grande importância nessa vitória contra a doença e a favor da vida. Sem tais medidas dos governos estaduais e municipais e sem essas atitudes individuais, os serviços de saúde não teriam o tempo e as demais condições necessárias para desempenhar sua função, e os profissionais de saúde de não conseguiriam atender a todas as pessoas que, certamente, procurariam os hospitais em muito maior número.
» Sylvain Levy,
Asa Norte


Eleições

Enquanto ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), conhecidos propineiros, ficam contestando decisões da Presidência da República, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai afundando o sistema eleitoral brasileiro, contratando mesários voluntários sem exigir qualificação educacional e dividindo, apenas com os partidos políticos, o fundo eleitoral. A atividade de mesário, que é de importância para o pleito, é desqualificada pelo próprio sistema, colocando mesários sem o necessário curso para a função, que evitaria, ao mesmo tempo, voluntários analfabetos funcionais, os quais poderão prejudicar as eleições em várias seções eleitorais. Nem relógio trabalha mais de graça! Mas, no Brasil político de hoje, comandado pelo fascista STF, isso é chamado de democracia!
» Cauby Pinheiro Júnior,
Águas Claras


Previdência

Gostaria que a ir a —mais do que justa, por sinal—do presidente da República contra a equipe do economista-ministro Paulo Guedes (16/9/20) também se estendesse ao ato insano de um ex-presidente que taxou os aposentados em 11% de recolhimento à Previdência Social. Paguei INSS por 52 anos, compulsória e ininterruptamente, sobre salários. Seria por demais valioso aos aposentados e pensionistas que o atual governo acabasse com esse recolhimento injusto, de 11% ou 14%, sobre as parcas aposentadorias do cidadão comum, tão sacrificado no final da vida. Que o senhor presidente da República também dê um cartão vermelho a esse desconto e não ouça assessores economistas como os agora citados na reportagem. Será que São Pedro vai nos retribuir lá nos céus? Afinal, se contribuímos quando na ativa, para garantir a aposentadoria, para que, então, contribuir agora, novamente? Na época da aprovação dessa aberração, custamos a descobrir que o interesse daquele governo corrupto era fazer caixa para usar em fundos de pensão que sustentaram os corruptos do mensalão e outros esquemas, como demonstrado pela Lava-Jato.
» Paulo Roberto,
Asa Sul


Jeitinho brasileiro

O país do jeitinho e da malandragem. Sou leigo. Não entendo de política. Pouco conheço do furdunço no Congresso Nacional, nos tribunais ou no Planalto. Mas, uma coisa ouço falar diariamente: os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados estão a serviço do Planalto, atrasando projetos que sejam favoráveis ao trabalhador. Qual a manobra? É visível que ambos estão empenhados em conseguir apoio da base do governo para que votem substitutivo que lhes dê direito à reeleição. Sempre foi assim. Porém, esses dois presidentes conseguiram unanimidade perante o povo, que está odiando os atuais parlamentares, apesar das mudanças feitas pelas urnas no Congresso na última eleição. Uma lástima. Contudo, quando o bolo é bom, vale a pena brigar por mais um pedacinho. Mesmo que tal bolo esteja podre.
» José Monte Aragão,
Sobradinho


Metrô

Porque sou contra o processo de privatização do metrô no Distrito Federal: 1) o transporte por ônibus é privatizado, mas é caro e ruim; 2) o metrô foi construído com dinheiro dos nossos impostos, e isso deve ser levado em conta quando se pretende “doá-lo” aos empresários; 3) se os empresários são competentes, construam o metrô até Planaltina e tenham a recompensa com os lucros da sua utilização. Em toda a Europa, o metrô é estatal, funciona muito bem e o preço da passagem é subsidiado como um modo de dar cunho social aos impostos pagos pelos europeus.
» Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta,
Lago Norte