Servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) iniciam, hoje, uma greve de 48 horas, por conta da falta de avanço nas negociações para reestruturação da carreira e reajuste salarial com o Ministério da Gestão. O calendário das paralisações está dividido em duas etapas e deverá ser retomado em 13 e 14 de agosto.
A previsão é de greve geral das duas carreiras. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), a paralisação deve inviabilizar a auditoria determinada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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A entidade também destacou que será intensificado um movimento de entrega de cargos de chefia nos dois órgãos. "A carreira pleiteia a retomada das tratativas e o aperfeiçoamento da proposta final, com o atendimento de pautas não remuneratórias, como a mudança no requisito de ingresso no cargo de técnico federal de finanças e controle (TFFC) e a manutenção dos atuais 13 níveis da tabela de progressão da carreira, além da revisão do percentual estabelecido com vistas à recuperação da simetria remuneratória com carreiras de mesmo nível", diz o sindicato.
O presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, afirmou que a proposta do governo foi rejeitada, por entender que ela é insuficiente para atender os pleitos necessários. "É importante destacar que não houve esforço da mesa de negociação nem mesmo para entender e encaminhar pedidos sem cunho remuneratório, como a exigência de nível superior para o TFFC", disse ao Correio.
Segundo ele, houve tratamento diferenciado entre carreiras de Estado. "Se tomarmos as três carreiras estratégicas do Ministério da Fazenda, por exemplo, a proposta do governo amplia assimetrias", explicou. "Com isso, a greve vai permanecer até que a nova assembleia reveja a decisão anterior", disse.
Uma contraproposta foi enviada ao governo. "Nela, há um incremento na proposta financeira e alguns itens não remuneratórios ignorados até aqui pelo governo, inclusive, item que já foi objeto de termo de acordo anterior, mas não cumprido", declarou. "É necessário que os órgãos supervisores da carreira da CGU e MF, mostrem à ministra do MGI que uma mesa de negociação é para negociação, não para impor, muito menos para agir com intransigência e protelação", ressaltou.
Além da greve, os servidores do STN e da CGU também iniciam, hoje, uma Operação Padrão com intensidade máxima, o que significará o atraso em todos os processos, como realização de auditorias e entrega de relatórios, no caso da Controladoria, e operações financeiras de transferências e pagamentos, no caso do Tesouro.