Na avaliação de advogados especializados em sistema financeiro e mercado de capitais, os acionistas minoritários devem acionar a Justiça para cobrar informações mais claras do BRB. Também devem questionar o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para os advogados, está claro que o BRB só poderia ter consolidado o balanço de 2021 depois de levar a público os resultados da BRBcard e da BRB Seguros.
Os mesmos especialistas lembram que, se as contas foram aprovadas pelos controladores sem as devidas formalidades, todos podem ser processados por má-gestão. "O Banco Central, em particular, olhará com lupa o balanço do BRB e responsabilizará todos por qualquer eventual dolo", diz um dos advogados.
O BRB diz que tudo está dentro da lei. Sobre o não detalhamento da BRBcard e da BRB Seguros no resultado consolidado, o banco assegura que "a mutação patrimonial" está registrada em várias notas explicativas.
O banco ressalta, ainda, que as provisões para perdas com devedores subiram de R$ 491 milhões, em 2020, para R$ 953 milhões, em 2021. Já em relação à parceria com o Flamengo, o banco afirma que não é obrigado, legalmente, a apresentar informações. O negócio está sendo questionado no Tribunal de Contas do Distrito Federal.