O Banco Central (BC) divulgou, ontem, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com a previsão de uma desaceleração da atividade econômica mais acentuada. O BC acrescentou que, para conter a inflação, ainda alta e disseminada, precisará subir mais os juros e mantê-los altos por um período maior de tempo.
A reunião foi realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi elevada de 12,75% para 13,25% ao ano — um aumento de 0,5 ponto percentual. Foi a 11ª elevação seguida. Segundo o Comitê, um nova alta, "de igual ou menor magnitude", pode ser decretado na próxima reunião, em agosto.
"A ata sinaliza que o ciclo de alta não está próximo do fim, com perspectiva de mais aumentos de 0,50 e eventualmente 0,25 ponto percentual, em linha com a visão dos demais bancos centrais que têm adotado medidas monetárias contracionistas", avaliou Gabriel Emir Moreira, superintendente da área de Projetos da Fipecafi e consultor na área de investimentos financeiros.
Para o economista-chefe da Gladius Research, Benito Salomão, é bem possível que a atividade desacelere. "A economia internacional está crescendo menos, o que tem impacto por aqui", explicou. "Além disso, a política monetária contracionista reduz o PIB."
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