Os planos de saúde coletivos, também chamados de corporativos, ficarão até 19% mais caros em 2022, de acordo com informações da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). Na semana passada, os planos individuais e familiares foram reajustados em 15,5% pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), taxa recorde desde 2000.
O índice de reajuste dos planos individuais reflete o comportamento das despesas assistenciais no ano anterior e possuem o teto definido pela ANS. Já os coletivos têm os preços fixados em negociação entre operadoras e clientes. Todos os reajustes são repassados aos usuários no aniversário do plano, ou seja, na data em que foi assinado o contrato.
Apesar de a mensalidade dos coletivos não ser controlada pela ANS, há regras diferentes para planos com até 29 beneficiários, grupos com mais de 30 vidas, e convênios por adesão. "O mercado como um todo, incluindo os planos coletivos, é regulado e segue as regras estipuladas pela ANS", explicou Renato Casarotti, presidente da Abramge.
Todos os contratos coletivos com até 29 vidas de uma mesma operadora (pool) devem receber o mesmo percentual de reajuste anual. São os chamados planos PME — a modalidade de plano de saúde empresarial voltado às pequenas e médias empresas e aos microempreendedores. O objetivo é diluir o risco de sinistralidade desses contratos, oferecendo maior equilíbrio no cálculo do reajuste.
De acordo com a Abramge, as cinco maiores operadoras do país — Amil, HapVida, Bradesco, SulAmérica e Intermédica — reajustaram os seus planos corporativos PME entre 16% e 19% em 2022. Nos 12 meses anteriores a fevereiro deste ano, no entanto, os reajustes registrados foram de 10,37%, refletindo a retração dos serviços de saúde em 2020, primeiro ano da pandemia, quando o atendimento foi focado na covid-19.(MP)
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