O Twitter obteve lucro líquido de US$ 513 milhões no primeiro trimestre de 2022, o equivalente a US$ 0,61 por ação. O resultado veio bem acima do ganho de US$ 68 milhões registrado em igual período do ano passado, segundo balanço publicado pela empresas, ontem. Com ajustes, o lucro por ação entre janeiro e março foi de US$ 0,90, ultrapassando, de longe, a projeção feita por analistas consultados pela companhia de dados financeiros FactSet, de US$ 0,05.
A receita, por sua vez, teve expansão anual de 16% no trimestre, alcançando US$ 1,2 bilhão, ficando levemente abaixo do consenso da FactSet, de US$ 1,23 bilhões.
O Twitter informou também que sua base diária de usuários subiu para 229 milhões em março, ante 217 milhões em dezembro. Analistas consultados pela FactSet previam uma contagem de usuários de cerca de 226 milhões.
Na última segunda-feira, a empresa de mídia social aceitou proposta de compra do bilionário Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, entre outros empreendimentos. O valor da transação é de cerca de US$ 44 bilhões e a expectativa é que o negócio seja concluído ainda este ano.
Elon Musk prometeu que plataforma vai adotar uma política de liberdade de expressão que decepcione "igualmente" a extrema direita e a extrema esquerda, indicando que, sob sua gestão, a rede social deve reduzir a frequência de remoção de publicações.
"Para que o Twitter mereça a confiança do público, ele deve ser politicamente neutro, o que efetivamente significa decepcionar a extrema direita e a extrema esquerda igualmente", publicou Musk.
O empresário usou como exemplo o Truth Social, aplicativo que foi lançado pelo ex-presidente americano Donald Trump após ele ser suspenso dpn Twitter, para justificar as mudanças que pretende implementar na plataforma. Segundo Musk, a empresa concorrente só existe porque o Twitter "censurou a liberdade de expressão".
No Brasil, apoiadores e aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamam que as políticas do Twitter contra desinformação e discurso de ódio diminuem o alcance de suas postagens.