Sites de apostas invadem futebol, publicidade e negócios on-line

Correio Braziliense
postado em 29/04/2022 00:01

Os sites de apostas viraram febre no Brasil. Pelas contas da consultoria H2 Gambling Capital, o mercado movimenta R$ 13 bilhões por ano no país. Em 2018, o valor estava em torno de R$ 2 bilhões. Outro estudo, desta vez feito pela empresa de marketing Control F5, mostrou que as casas de apostas investiram US$ 75,7 milhões em publicidade no primeiro semestre de 2021, uma alta explosiva em relação aos US$ 12 milhões injetados no mesmo período de 2020. No futebol, as empresas desse tipo são onipresentes. Elas patrocinam 20 dos 19 times da série A do Brasileirão (a exceção é o Palmeiras, que nada em dinheiro com os recursos da Crefisa). As apostas esportivas foram legalizadas no Brasil em dezembro de 2018, mas a sua regulamentação deve ser aprovada apenas no final do ano, prazo máximo estipulado pelo governo para formalizar o setor. O caminho é inevitável: funcionam 450 sites com esse perfil no Brasil e eles atraem, todos os dias, milhões de jogadores.

Nubank paga R$ 816 milhões a executivos e assombra mercado

O número impressiona: o Nubank oferecerá aos seus executivos um pacote de remuneração de R$ 816 milhões em 2022. Desse total, R$ 787 milhões serão pagos em forma de ações — é o dobro do que prevê o Itaú. O valor chamou a atenção do mercado em um cenário de certa dificuldade para o Nubank. Em 2021, o banco digital teve prejuízo líquido de US$ 165,3 milhões. Suas ações também não vão bem. Na tarde de ontem, eram negociadas a US$ 6,30, abaixo dos US$ 9 de dezembro, quando foi realizado o IPO.

Daslu entra
em liquidação

A marca Daslu, que foi a primeira grande referência de luxo no Brasil, será leiloada em evento virtual no próximo dia 11 de maio. O valor baixo surpreende: o lance mínimo é R$ 1,4 milhão, algo irrisório perto do que a Daslu já representou nas altas rodas brasileiras. A empresa fez tremendo sucesso nos anos 90, enrolou-se com questões fiscais e acabou indo à falência. Não é fácil reativar marcas que fizeram sucesso no passado. Mappin e Mesbla tentaram, mas não conseguiram.

Embraer também sofre com falta de semicondutores

Não é apenas a indústria automotiva que sofre com o desaparecimento de semicondutores do mercado. A fabricante brasileira de aviões Embraer se deparou com o mesmo tipo de problema. "Vários fornecedores estão enfrentado dificuldades, seja por falta de semicondutores, seja por falta de mão de obra especializada. Isso está provocando atrasos, mas nada que comprometa o nosso futuro", disse Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer, durante a apresentação de resultados do primeiro trimestre.

70%

das vagas que oferecem salários superiores a 20 mínimos são ocupadas por homens no Brasil, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais)

Nunca conheci
um pessimista
bem-sucedido"

Jorge Paulo Lemann, sócio do 3G, fundo controlador de empresas como AB InBev, Kraft Heinz e Burger King

Rapidinhas

» O Sem Parar, maior empresa de pagamentos automáticos do Brasil, fechou parcerias com diversas montadoras para que os carros fabricados por elas saiam fábrica com a sua tag. Atualmente, sete empresas integram o projeto: Hyundai, Kia, Mitsubishi, Nissan, Suzuki, Toyota e Kia. Juntas, respondem 50% do market share de veículos novos no país.


» A japonesa Toyota, maior montadora do mundo, registrou, em março, seu recorde de produção mensal. Foram fabricados 866 mil veículos em todas as suas unidades espalhadas pelo mundo, o maior número da história da empresa em apenas um mês. Em abril, a marca deverá se aproximar de 1 milhão de veículos produzidos.


» A Blue Tree Hotels, um das maiores redes de hotelaria do país, fechou o primeiro trimestre com aumento de 14% das receitas em relação ao período que interessa: 2019, antes da pandemia. Como um todo, o setor tem longo caminho pela frente, já que o nível de atividade ainda está 11% abaixo de 2019, de acordo com números do IBGE.


» O movimento do comércio voltou a cair em março, conforme indicador apurado pela Boa Vista. O recuo foi de 1% em relação a fevereiro. Há uma razão clara para isso: a inflação, que corrói o poder de compra dos consumidores. O IPCA de março foi de 1,62%, bem acima da projeção do mercado, que era de 1,32%.

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