Para empresário, setor de carga virou "barril de pólvora"

Correio Braziliense
postado em 15/03/2022 00:01

Um empresário brasileiro do setor de transporte de cargas diz que será difícil, para não dizer impossível, conter o ímpeto dos caminhoneiros para uma greve geral. "Os motoristas estão revoltados como poucas vezes vi", afirma o executivo. "Eles aguardam para os próximos dias alguma decisão do governo que reduza o preço do diesel. Se ela não vier, certamente irão parar. Enfrentamos um verdadeiro barril de pólvora." O empresário, que lidera uma empresa que trabalha com milhares de caminhoneiros autônomos, afirma que os profissionais já estão desistindo de realizar os fretes. "A depender da distância e da carga transportada, não compensa mais trabalhar", diz. A principal aposta do governo é a extinção da incidência do PIS e do Cofins sobre os combustíveis, mas a sua aplicação depende da celeridade da equipe econômica. Segundo o governo, a medida proporcionará um desconto de 33 centavos por litro do diesel.

Agronegócio sofre com falta de locais para armazenar grãos

Embora o agronegócio seja uma das grandes forças econômicas do Brasil, o setor enfrenta gargalos logísticos. Um estudo elaborado pela empresa de silos Kepler Weber mostrou que o país não tem onde armazenar 97 milhões de toneladas de grãos, defasagem que afeta todo o processo produtivo. O estudo trouxe dados alarmantes: no Brasil, apenas 14% das fazendas possuem silos de armazenagem. Nos Estados Unidos, o índice é 65%. Até a Argentina tem condições melhores, com 40%.

Nas finanças, mulheres são mais objetivas do que homens

A velha máxima carregada de preconceitos diz que homens são mais racionais e mulheres, mais emotivas. Está errado. Um ambicioso estudo da Universidade de Nova York mostrou que, em termos de finanças corporativas, elas são mais concisas e diretas ao compartilhar informações de suas empresas do que seus colegas do sexo masculino, que se revelaram mais enrolados e confusos. O estudo é abrangente: ele consultou dados de 160 mil conferências de vídeos feitas por profissionais de cinco mil empresas.

Na guerra, dois pesos e duas medidas

Muitas empresas que estão deixando a Rússia alegam que não concordam com os ataques à Ucrânia. Até aí, tudo bem. O curioso é que o critério não vale para outros países. A Foxconn, maior montadora de iPhones da Apple, planeja construir uma unidade de US$ 9 bilhões na Arábia Saudita. Lembre-se que, em janeiro, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeou o Iêmen. A etapa da Rússia também foi eliminada da Fórmula 1, mas os organizadores do evento mantiveram a prova saudita.

23,2%

foi quanto subiu o preço do botijão de gás de cozinha nos últimos 12 meses, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No período, a inflação foi de 10,54%

Nenhum dos sete países mais ricos controla estatais petrolíferas. Seus setores privados dispõem de capacidade financeira, acesso a crédito e competência gerencial para atuar na área"

Maílson da Nóbrega, economista

Rapidinhas

» O empresário da indústria está menos confiante — e não era para menos, reconheça-se. O Índice de Confiança do Empresário Industrial da CNI recuou 0,4 ponto em março, passando de 55,8 pontos em fevereiro para os atuais 55,4 pontos. Segundo a CNI, a redução se deve à piora na expectativa da atividade econômica no Brasil.


» Uma borboleta rara foi encontrada durante as atividades de monitoramento realizada pela equipe de biólogos da Vale em Brumadinho. A "Parides Burchellanus" está na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) que aponta as espécies ameaçadas de extinção. Em todo o país, ela é encontrada em apenas três localidades.


» O mercado pet está bom para cachorro. De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Pet Brasil, o setor faturou R$ 51,7 bilhões no ano passado, o que representou um avanço de 27% sobre 2020. O segmento que mais cresceu foi o de alimentos, que movimentou, sozinho, R$ 28 bilhões — 55% do total.


» As empresas que se sujeitam ao escrutínio dos investidores correm o risco de ter grandes decepções. Desde dezembro, quando abriu o capital na Bolsa de Nova York, o Nubank perdeu R$ 140 bilhões em valor de mercado, uma enormidade sob qualquer ponto de vista. Novas regras regulatórias explicam o mau desempenho.

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