Rapidinhas

Da aviação ao mercado de alumínio, o impacto da guerra na economia

O ataque da Rússia à Ucrânia não pressionará apenas a cotação do petróleo. Insumos como alumínio, milho e trigo também deverão sofrer forte alta. O movimento já é visível. Ontem, o preço do alumínio nas casas de negociação quebrou recordes, e a tendência é de que a disparada dos valores persista enquanto a guerra durar. Lembre-se de que a Rússia é uma das maiores produtoras desse material no mundo e provavelmente será alvo de sanções dos Estados Unidos, Europa e seus aliados. O conflito também mexerá com o setor aéreo, já bastante debilitado pelas restrições de circulação impostas pela pandemia. Numa análise realizada pelo site FlightGlobal, existe agora uma área gigantesca da Europa Oriental sem tráfego de aviação comercial, abrangendo Bielorrússia, Ucrânia e Rússia ocidental. Com a investida militar, é certo que haverá aumento dos custos de combustível para a aviação. Tempos difíceis pela frente.

Ucrânia é referência na área tecnológica

Um aspecto pouco conhecido da Ucrânia é a sua expertise na área de tecnologia. Nos últimos 10 anos, o país se tornou um importante polo para o desenvolvimento de projetos de inteligência artificial, ciência de dados e machine learnig. As mais recentes estimativas revelam que ao menos 200 mil profissionais do ramo da tecnologia trabalham em território ucraniano, boa parte deles nas milhares de startups que atuam por lá. Não à toa, Amazon e Apple possuem escritórios na Ucrânia.

Google e Facebook reclamam da Lei das Fake News

Conhecido como "Lei das Fakes News", o PL 2630/2020, aprovado no Senado e prestes a ser votado na Câmara dos Deputados, preocupa as empresas de tecnologia. Ontem, gigantes como Facebook, Google, Instagram, Mercado e Twitter divulgaram uma carta em que se posicionam contra a iniciativa. "O receio de uma enxurrada de processos judiciais levará as plataformas a agir menos na moderação de conteúdo, deixando o ambiente on-line mais desprotegido do discurso de ódio e da desinformação", diz o texto.

Latam Brasil transportará 530 mil passageiros no carnaval

O setor aéreo decola. Segundo a Latam Brasil, cerca de 530 mil passageiros deverão embarcar nos voos domésticos e internacionais da companhia durante o carnaval. Entre 25 de fevereiro e 4 de março, a empresa prevê operar 4.148 voos, com até 83% de ocupação média das aeronaves. O volume equivale a 86% do desempenho obtido no carnaval de 2019 — ou seja, antes da pandemia. Atualmente, a Latam já voa para mais destinos no Brasil do que antes da crise do coronavírus (são 49 hoje contra 44 em 2019).

O maior navio de cruzeiro do mundo, o francês Wonder of The Seas, da Royal Caribbean, estreia nos oceanos em 4 de março, partindo de Fort Lauderdale, na Flórida, rumo ao Caribe. A embarcação tem 400 metros de comprimento e capacidade para 9,3 mil pessoas. A novidade chega em um momento em que os cruzeiros levantam âncoras no mundo inteiro.

Com o aquecimento global, as áreas apropriadas para o plantio de cacau — aquelas próximas à Linha do Equador — podem encolher 30% em 20 anos. Pior: não há lugar no globo para substituí-las. Uma saída pode vir do Vale do Silício: duas startups garantem ter criado em laboratório um chocolate fake, sem cacau. E dizem que o sabor é idêntico.

As empresas se mobilizam, cada vez mais, para atrair profissionais maduros. A Tim abriu recentemente um processo seletivo exclusivo para trabalhadores com mais de 50 anos. As vagas são para atuar em unidades de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A crise não afetou o mercado de brinquedos. Segundo dados da ALLB, associação que representa os lojistas, as vendas cresceram 5%, em 2021, na comparação com 2020. Para 2022, a expectativa é avançar entre 5% e 7%. O home office ajuda o segmento. Como os pais estão em casa, encontram mais tempo para brincar com os filhos.