Só não vê quer não quer enxergar: a economia brasileira terá um 2022 complicadíssimo. A inflação segue alta, os juros avançam, o desemprego não cede ou cede pouco, num ritmo muito menor do que o desejado, o consumo não deslancha, os investimentos fraquejam. Junte-se a isso um cenário político turbulento, com eleições presidenciais em outubro e nervos à flor da pele, uma pandemia que teima em não desaparecer e até a ameaça de guerra, que bate à porta da Rússia e da Ucrânia. Em um contexto tão caótico como esse, não é fácil administrar um país, mas alguns líderes peculiares tornam a situação ainda mais complicada, como é o caso do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que faz de tudo para elevar a temperatura política. Por todos esses motivos, o mercado financeiro, boa parte dos empresários e a maioria dos economistas fazem contagem regressiva para 2023. Para eles, 2022 é um caso perdido.
Espanhol BBVA volta ao Brasil com investimento
no Neon
Quase 20 anos após deixar o Brasil, o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) volta ao país, desta vez investindo em novas frentes de negócios. Ele injetou US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) na fintech Neon, passando assim a deter 21,7% daquele que foi o primeiro banco digital brasileiro. Segundo o Neon, que possui cerca de 15 milhões de clientes ativos, os novos recursos serão investidos no desenvolvimento de tecnologias, em ações de marketing e criação de produtos.
Mulheres ocupam apenas 14% das vagas em conselhos de administração
As mulheres continuam enfrentando barreiras para avançar no mundo corporativo. Segundo dados levantados pelo Programa Diversidade em Conselho (PDeC), as executivas representam apenas 14% das vagas nos conselhos de administação de empresas listadas na bolsa brasileira. Ok, um ano atrás o índice estava em 11,5%, mas a mudança foi modesta diante da enorme defasagem que, ressalte-se, precisa ser rapidamente diminuída. O PDeC é mantido por empresas como B3, IBGC, IFC, WCD e SpencerStuart.
Cruzeiro pagará dividendos a investidores
Primeiro time do país a se enquadrar no modelo de clube-empresa conhecido como SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Cruzeiro continua inovando na área de negócios. O clube anunciou iniciativa inédita: o pagamento de dividendos aos detentores do ativo Cruzeiro Token. Funciona assim: o Cruzeiro Token está lastreado em 270 atletas que passaram pelas categorias de base do clube. Até 2021, toda negociação que envolva qualquer um deles irá gerar retorno na forma de dividendos aos investidores.
» A NBA está de olho no mercado brasileiro. A liga americana de basquete e a Riachuelo assinaram acordo para a venda de roupas casuais inspiradas em seis times considerados populares no Brasil: Boston Celtics, Brooklyn Nets, Chicago Bulls, Golden State Warriors, Miami Heat e Los Angeles Lakers.
» A rede de hotéis, restaurantes e cassinos Hard Rock também pretende ampliar a presença no Brasil. A ideia é construir, em parceria com a construtora VCI, oito resorts em diversas regiõs, como Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR) e Campos do Jordão (SP). Atualmente, a empresa possui quatro unidades do Hard Rock Café no país.
» A conta é pesada: desde o início da pandemia, o setor de turismo peerdeu R$ 473,7 bilhões no Brasil, conforme levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Além disso, 300 mil postos de trabalho sumiram. Com a ômicron, a plena recuperação, prevista para 2022, deverá ficar para 2023.
» Quer comprar uma motocicleta zero quilômetro? Será preciso ter paciência. Segundo a Abraciclo, associação que representa os fabricantes, a fila de espera é de um mês. "A nova onda de contaminações provocou falta de colaboradores nas fábricas e comprometeu o ritmo das linhas de produção", justifica Marcos Fermanian, presidente da entidade.