Em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, que podem desencadear em guerra, a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Moscou, na próxima semana, será acompanhada por autoridades dos Estados Unidos e dos países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e declararam apoio aos ucranianos.
A maior preocupação é sobre que tipo de sinalização dará Bolsonaro ao resto do mundo ao aproximar-se do presidente russo, Vladimir Putin, em um momento tão delicado do ponto de vista geopolítico. A esperança é de que o chefe do Planalto demonstre algum sinal de apoio às regras democráticas, "dando um aceno, também, à Ucrânia".
Apesar de a diplomacia brasileira ser reconhecida pela tradicional imparcialidade, no governo de Bolsonaro houve uma inversão.
A visita de Bolsonaro à Rússia está programada para os dias 14 e 17 deste mês, e autoridades norte-americanas evitam comentar o assunto. Oficialmente, porta-vozes da Casa Branca têm afirmado à imprensa internacional e nacional esperar que o chefe do Executivo brasileiro tenha "responsabilidade". Desde a gestão de Donald Trump, o Brasil é um aliado norte-americano extra-Otan, ou seja, tem o endosso dos EUA para se tornar um parceiro global da aliança militar. (Rosana Hessel)
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