Rapidinhas

Os shoppings brasileiros estão recuperando o fôlego. No quarto trimestre de 2021, as vendas da Iguatemi, que administra 16 estabelecimentos no País, chegaram a R$ 4,8 bilhões, um avanço de 31% em relação ao mesmo período de 2020, quando a pandemia estava no auge. A boa notícia, contudo, é outra. O faturamento obtido no final do ano passado superou em 12% os níveis pré-pandemia. Não foi um caso único. A Multiplan, dona de 19 unidades em diversos estados, também apresentou crescimento sólido no período. A empresa fechou os últimos três meses de 2021 com as maiores vendas trimestrais de sua história. Na JHSF, o bom desempenho veio principalmente de shoppings voltados para o público de alta renda. No acumulado de 2021, o salto foi de 57%, acima da expectativa do mercado. Como será em 2022? As preocupações com a variante ômicron afetaram os resultados de janeiro, mas as empresas mantêm o otimismo para os próximos meses.

Depois de longa ausência, Salão do Automóvel de São Paulo está de volta

Um dos eventos mais tradicionais do Brasil voltará aos holofotes em 2022. Depois de ser cancelado em 2020 por pressão das montadoras (que reclamavam dos custos) e de ser vetado por questões sanitárias (na pandemia), o Salão do Automóvel de São Paulo foi confirmado para o próximo mês de agosto. Desta vez, com uma novidade: ele será realizado no Autódromo de Interlagos, antes da etapa brasileira da Fórmula 1. Não há ainda confirmação das montadoras que participarão do evento.

Mercado de cruzeiro tem temporada suspensa por
mais dias

O turismo sofre com o avanço da variante ômicron. Ontem, a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia Brasil), braço da associação internacional que representa grupos como MSC e Costa, anunciou a ampliação da suspensão da temporada de viagens até 18 de fevereiro para analisar "a evolução do quadro epidemiológico do país." A entidade diz que os índices de contaminação são baixos nas embarcações. De 130 mil passageiros transportados, cerca de 1.100 casos para covid-19 foram confirmados.

Bluefit desiste de abrir o capital

As baixas na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, continuam em ritmo acelerado. Desta vez, a desistência de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) partiu da rede de academias Bluefit, que planejava captar aproximadamente R$ 600 milhões. Foi a segunda vez que a Bluefit abre mão de ir ao mercado (a outra foi em setembro do ano passado). Apenas em janeiro, 13 empresas desistiram de abri o capital, segundo informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O mercado brasileiro de consórcios quebrou recordes em 2021. De janeiro a novembro, as vendas totalizaram R$ 202,3 bilhões, o que representou um avanço de 34,4% sobre o mesmo período de 2020. O total de consorciados alcançou a marca recorde de 8,4 milhões de participantes, ou 89,9% acima de um ano atrás.

A Sony, responsável pelos consoles PlayStation, comprou a Bungie, dona da série de games Destiny e criadora dos primeiros títulos da franquia Halo, por US$ 3,6 bilhões. O mercado está agitado. Há alguns dias, a Microsoft anunciou a aquisição da Activision Blizzard, dona das marcas Call of Duty e Diablo, por US$ 69 bilhões.

Poucos mercados são tão promissores quanto o de games. Segundo o banco de investimentos Drake Star Partners, o setor movimentará recordistas US$ 150 bilhões em fusões, aquisições, financiamentos e ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) em 2022. As maiores empresas de tecnologia do mundo querem fisgar oportunidades no ramo.

O indicador que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou em janeiro o maior nível desde maio de 2020, conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a entidade, o índice reflete o aumento do otimismo com o mercado de trabalho. Ainda assim, inflação e a alta dos juros preocupam.