Balanços

Lucro da Caixa cresce 31%

Expansão do crédito, com avanço de 10,2% no ano passado, impulsionou ganho líquido do banco, que chegou a R$ 17,3 bilhões

Maria Eduarda Angeli*
postado em 25/02/2022 00:01
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido de R$ 17,3 bilhões em 2021, o segundo maior da história do banco. O resultado significou um crescimento de 31,1% na comparação com 2020. No último trimestre do ano passado, o lucro somou R$ 3,2 bilhões — alta de 0,3% em relação aos três meses anteriores.

A instituição fechou 2021 com saldo da carteira de crédito ampliada em R$ 867,6 bilhões, o que representou avanço de 10,2% em 12 meses. No quarto trimestre, foram cerca de R$ 114,7 bilhões em concessões de crédito, 5,2% a mais do que no mesmo período de 2020. A receita da carteira de crédito cresceu 15,8%, para quase R$ 20 bilhões.

No balanço, a Caixa destacou as operações de crédito referentes ao agronegócio, que apresentaram elevação de 187,9%, além de saneamento e infraestrutura (43,5%), crédito para pessoa jurídica (21,8%) e para pessoa física (14,4%). "Nossa carteira do agro foi a que mais cresceu, passamos de oitavo para terceiro (lugar), e devemos ir para segundo nos próximos dois meses", afirmou o presidente do banco, Pedro Guimarães.

No caso do crédito imobiliário, o volume foi de R$ 140,6 bilhões, considerando recursos do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) — o maior volume da série histórica. "O destaque é para o SBPE, que são recursos de poupança. Crescemos 513% desde o início desta gestão. Por que nós aprendemos só nesta gestão a fazer crédito imobiliário? Não, porque não havia capital na época", comentou Guimarães.

"Esse resultado é fruto direto das ações dos últimos dois anos, que incluem reduções de taxas, criação de produtos e implementação da jornada digital do financiamento", ressaltou relatório do banco. O avanço nesse segmento, em relação ao ano anterior, foi de 20,8%.

A inadimplência recuou 0,21 ponto percentual no último trimestre de 2021, quando comparada com os três meses anteriores. "Nós tivemos um pico de falecimentos, mais ou menos em abril, maio de 2021, que gerou um aumento de inadimplência, em especial na carteira imobiliária. Então, a queda foi muito mais uma normalização, uma melhora da operação", explicou o presidente da Caixa.

Rentabilidade maior

O indicador de rentabilidade da operação da instituição, o ROE, cresceu 1,6 ponto percentual no período de 12 meses e encerrou o ano em 12,2%.

Guimarães destacou o desempenho do banco no Índice Integrado de Governança e Gestão Pública (IGG), do Tribunal de Contas da União. "Pela primeira vez na história da Caixa, somos a principal instituição financeira estatal em termos de avaliação. Passamos de uma nota 6,5 para 9,4. Isso demonstra todas as mudanças realizadas nesta gestão", comemorou.

Estagiária sob a supervisão

de Odail Figueiredo

 

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