A indústria automotiva havia projetado vendas modestas em janeiro, mas ninguém esperava um resultado tão ruim. No mês, foram emplacados 116,6 mil automóveis e comerciais leves, uma queda de 28% em relação ao mesmo mês de 2021 e de 40% sobre dezembro passado. Pior ainda: o resultado significou o janeiro mais fraco dos últimos 17 anos, segundo dados do Renavam Serpro. Fatores como queda de renda dos brasileiros e aumento explosivo do valor dos veículos foram os principais responsáveis pelo estrago. É fácil dimensionar o impacto dos preços para o mercado. Há quatro anos, 28 salários mínimos eram suficientes para comprar um zero quilômetro. Atualmente, são necessários quase 50. Em certa medida, mudanças de hábitos de consumo também podem estar por trás do movimento. Carros compartilhados, aplicativos de transporte e queda dos preços de aluguel de veículos certamente fizeram com que muitas pessoas deixassem de investir nesse tipo de bem.
Farmácias ampliam serviços e oferecem até consultório
A pandemia vai acelerar mudanças no perfil das farmácias. Nos Estados Unidos, elas oferecem ampla gama de serviços, como vacinas, medição de pressão arterial e até avaliações rápidas de saúde. Segundo a empresa de ciência de dados IQVIA, 75% das farmácias americanas aplicam algum tipo de vacina. No Brasil, menos de 1% fazem isso. O cenário começa a mudar. Atualmente, 65% das lojas Pague Menos possuem um espaço reservado para a Clinic Farma, um pequeno consultório para atendimentos rápidos.
Startup mexicana vai investir R$ 550 milhões no Rio de Janeiro
A mexicana Kavak, especializada na compra e venda de carros usados, chegou ao mercado brasileiro, em julho do ano passado, prometendo investir um caminhão de dinheiro no país. Depois de fincar pé em São Paulo, a startup expande a operação para outras praças. Nesta semana, anunciou que injetará R$ 550 milhões no Rio de Janeiro. Parte dos recursos será destinada para a abertura de 11 lojas. A Kavak está de olho em um mercado formado por 7 milhões de veículos usados que circulam pelas ruas do Rio.
Para Abilio Diniz, "nem tudo está ruim"
O empresário Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração da Península Participações, não considera o cenário econômico tão ruim quanto parece. Em evento realizado em São Paulo, Abilio explicou por que mantém certa dose de otimismo. "Em 2020, caímos 4,1% e os Estados Unidos, 4,7%", disse. "Em 2021, a expectativa é que os Estados Unidos tenham crescido um pouco mais de 5% e nós, mais de 4%. É importante olharmos para esses números e vermos que nem tudo está ruim."
» O BTG Pactual está expandindo a presença no segmento de assessoria de investimentos. Ontem, o banco formalizou a compra de 100% do capital social da Elite, uma das corretoras mais tradicionais do Rio de Janeiro. O valor do negócio não foi revelado. Na semana passada, o BTG incorporou a carteira de varejo da corretora Planner.
» As proteínas vegetais estão em alta. Segundo a empresa de pesquisas Kantar, 36 milhões de brasileiros consumiram esse tipo de produto em 2021 — é o maior contingente da história. Enquanto isso, o número de compradores de carne bovina caiu 2%. Os maiores consumidores das proteínas de plantas são as pessoas das classes ABC (89% do total).
» As vendas de etanol sofreram forte queda no começo de janeiro. Na primeira quinzena do mês, foram negociados 886,3 milhões de litros de biocombustível pelas usinas do Centro-Sul, um recuo de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da União das indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica).
» Depois do ótimo resultado de dezembro, parecia que os cinemas brasileiros, enfim, deixariam a crise para trás. Não é bem assim. Em janeiro, segundo levantamento da empresa de análise de mídia Comscore, as bilheterias do país movimentaram R$ 154,8 milhões, o que representa uma queda de 44% em relação ao mês anterior.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.