Risco-Brasil sobe e escancara falta de agenda positiva do governo

Um dos balizadores do mercado financeiro é o índice CDS (Credit Default Swap), que mede o risco de se investir em um determinado país. Quanto mais alto for o indicador, mais arriscado é o lugar. Nesse aspecto, a pontuação atual não é nada animadora. O risco-Brasil chegou a 220,9 pontos, o que significa um avanço de 50% sobre o número observado no início do ano. Conclusão: o Brasil piorou ao longo de 2021. Não é preciso muito esforço para confirmar essa percepção. Na política, o clima é de permanente instabilidade — lembre-se de que a campanha eleitoral mal começou. Na economia, não há sequer uma agenda clara, nem os apoiadores de primeira hora do governo, como boa parte do setor produtivo, parece acreditar que será possível virar o jogo nos próximos meses. Enquanto isso, a inflação ultrapassa os dois dígitos e o consumo cai mesmo às vésperas do Natal. O Brasil encerrará 2021 com o pé do freio e iniciará 2022 em ponto morto.

Setor automotivo
ignora diversidade

Alguns setores econômicos continuam refratários à diversidade. Segundo estudo realizado pela Automotive Business, em parceria com a MHD Consultoria, apenas 22% das empresas brasileiras do setor automotivo possuem programas para estimular a pluralidade no ambiente de trabalho. Alguns dados são chocantes: desde 2017, a participação feminina está estacionada em torno de 20% no quadro de colaboradores do setor. E mais: apenas 16% das cadeiras dos conselhos de administração são ocupadas por mulheres.

Inflação e queda de renda afetam movimento nos bares e restaurantes

Os donos de bares e restaurantes têm reclamado do movimento fraco nos estabelecimentos. Mesmo com a reabertura da economia e o avanço da vacinação, o cenário continua difícil. Em outubro, o faturamento do setor caiu 4,4% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a pandemia não dava sinais de trégua. Os dados da pesquisa da Fipe, em parceria com a Alelo, são o retrato da crise econômica. A queda da renda e a inflação alta causam impacto imediato no consumo.

O Boticário promete

entregas no mesmo dia

O e-commerce abriu nova frente de batalha para empresas de diversos setores: a entrega mais rápida possível. A rede de produtos de beleza O Boticário passou a fazer a remessa de pedidos no mesmo dia em 40 cidades brasileiras, desde que as encomendas sejam feitas até às 12 horas. Na guerra das entregas, a logística tem se tornado uma área cada vez mais estratégica. Não à toa, startups especializadas no segmento têm sido disputadas a peso de ouro pelos líderes do comércio eletrônico no país.

» O iFood promoveu nesta semana o 1º Fórum de Entregadores do Brasil, evento que teve como foco escutar as demandas da categoria. Após os debates, os participantes assinaram uma carta-compromisso com medidas que serão implementadas para melhorar a rotina dos trabalhadores. O iFood tem 200 mil entregadores cadastrados em sua plataforma.

» Frances Haugen, a mulher que abalou o Meta, novo nome da holding que controla as marcas Facebook, Instagram e WhatsApp, vai lançar um livro sobre a sua experiência como gerente de produtos da empresa. Haugen expôs ao Congresso americano documentos internos do Facebook e o acusou de se preocupar mais com lucro do que com a segurança dos usuários.

» O mercado de aluguel de automóveis está agitado. Depois da fusão entre Localiza e Unidas, a Movida anunciou nesta semana a compra da Marbor, empresa que atua no segmento de gestão e terceirização de frotas. Segundo a Movida, o valor da transação gira em torno de R$ 130 milhões, que serão pagos em duas parcelas.

» A Apple adiou pela quinta vez o retorno do trabalho presencial. A ideia era adotar o modelo híbrido a partir de fevereiro, mas o avanço da variante ômicron alterou os planos da empresa. Nos últimos dias, a Apple fechou três lojas nos Estados Unidos e Canadá após o aumento de casos de covid-19.