Brasileiros estão mais otimistas com 2022

Um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva e encomendado pela empresa americana Fiserv, especializada em pagamentos e tecnologia de serviços financeiros, capturou o que pensam os brasileiros a respeito de 2022. Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados estão mais otimistas com o ano que virá. Surpreende o fato de, mesmo em um cenário de instabilidade econômica no país, mais da metade (52%) dos respondentes manter otimismo elevado com a sua própria situação financeira, o que significa que, mprovavelmente, gastarão mais no ano que vem. Mas, afinal, qual será o destino dos recursos? A pesquisa revela certa tendência de aproveitar o momento, o que talvez seja resultado dos temores provocados pela pandemia. Se o maior sonho de consumo ainda é a casa própria — meta buscada por um entre cada quatro pesquisados —, o segundo desejo mais urgente é viajar, o que foi apontado por 19% dos entrevistados.

Audi retoma produção
de veículos no Paraná

Enfim, uma ótima notícia para a indústria automotiva brasileira. A alemã Audi irá retomar a produção de veículos em São José dos Pinhais, no Paraná, a partir de 2022. A marca havia interrompido as atividades, há um ano, sob o argumento de que havia indefinição demais em relação a créditos de impostos retidos pelo governo federal. Na ocasião, a instabilidade econômica foi outro fator negativo apontado pela empresa. Johannes Roscheck, CEO da Audi do Brasil, disse que foi difícil convencer a matriz.

Faz sentido Nubank valer mais que Itaú e Bradesco?

Os executivos que trabalham no setor financeiro tradicional — ou seja, nos grandes bancos — estão surpresos com o valor de mercado do Nubank, que há alguns dias abriu o capital na Bolsa de Nova York. Avaliada em cerca de US$ 40 bilhões, a fintech superou instituições pesadas, como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. "Isso não faz o menor sentido", afirma o diretor de operações de um dos maiores bancos do país. "O Nubank precisa pedalar muito para alcançar o mesmo nível de produtos e serviços."

Frigoríficos comemoram dólar alto

O dólar alto — a moeda americana atingiu, ontem, o maior patamar desde abril — é ótimo para alguns setores econômicos. Os frigoríficos, que têm boas partes de suas receitas vinculadas à moeda americana, estão felizes da vida. Não à toa, as ações de empresas do setor negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo conseguiram se descolar do mercado financeiro, alcançando ótimos resultados mesmo em um ano fraco para o Ibovespa. As ações da JBS, por exemplo, subiram 65% desde janeiro.

US$ 906,5
milhões

em ações da Tesla
foram vendidas pelo CEO
da empresa, Elon Musk.
Em apenas um mês, ele negociou US$ 11,7 bilhões em papéis de
sua companhia.

O Banco Central está
vendo a inflação acima da meta em 2022 mesmo em um cenário de juros a 11,75% ao ano. É para
ficar preocupado"

Alexandre Schwartsman,
economista e ex-diretor do Banco Central

» O setor de serviços, um dos principais termômetros da economia, decepcionou em outubro: caiu 1,2% na comparação com setembro, resultado muito pior do que o mercado havia projetado. Segundo o IBGE, nos últimos dois meses o setor acumula queda de 1,9%. São sinais inequívocos da perda de tração na economia no final de ano.


» As startups não param de trazer recursos para a economia brasileira. O Arquivei, plataforma de gestão de documentos fiscais, recebeu US$ 48 milhões em uma nova rodada de investimentos. O aporte foi liderado pela Riverwood Capital, um investidor de tecnologia global focado em empresas de alto crescimento.


» O metaverso, ambiente virtual no qual as pessoas de carne e osso trabalham, estudam e se divertem com seus avatares, está ganhando impulso com as tecnologias de realidade virtual. No início de janeiro, um grupo de investidores lançará a plataforma Happy Land, espécie de jogo que replica a vida de um fazendeiro.


» Happy Land é um jogo baseado em tecnologia blockchain que permitirá aos praticantes se tornarem fazendeiros no metaverso. Eles terão a oportunidade de comprar e vender terras — com uma moeda negociada em corretoras de criptomoedas —, cultivar lavouras, criar animais, desenvolver sementes e até trazer novas tecnologias para o ambiente agrícola virtual.