Mesmo com as incertezas sobre a variante ômicron do novo coronavírus, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou em alta de 0,58%, a 102.814 pontos. Já o dólar subiu 0,25%, cotado a R$ 5,610. Com isso, a moeda norte-americana acumula recuo de 0,66% no mês, mas, no ano, sobe 8,15%.
Na bolsa, o cenário é visto como de certa recuperação, após o baque da última sexta-feira, quando o Ibovespa, principal índice do pregão, despencou 3,39%, batendo nos 102.224 pontos. Matheus Villar, analista de investimentos da Be Capital, avalia que os resultados refletem a diminuição dos receios sobre a nova cepa do vírus.
"As exportadoras de commodities puxaram a alta da bolsa, seguindo o avanço das cotações internacionais do petróleo e do minério de ferro. Mas o baixo volume de negociação e o fraco desempenho dos papéis ligados à atividade econômica doméstica indicam que os investidores ainda aguardam o desfecho da tramitação da PEC dos Precatórios no Congresso e da situação fiscal do país", disse.
Villar acrescentou que, apesar da insegurança, a curva de juros operou majoritariamente em queda após os resultados primários das contas do governo terem superado as expectativas, levando o Tesouro a estimar que a dívida pública fechará o ano em 80,6% do PIB, abaixo das projeções iniciais.