
O pontífice já cumprimentou e recebeu membros da comunidade LGBTQIA+ durante seu papado, além de fazer declarações favoráveis às minorias sexuais e de gênero
O Papa Francisco é conhecido como o pontífice mais flexível com o movimento LGBTQIAPN+ da história da Igreja Católica. Ao ser questionado em 2023 sobre o acolhimento de pessoas desta comunidade, Francisco disse que “a Igreja não pode fechar as portas para ninguém”.
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“Toda pessoa é filha de Deus, toda pessoa. Deus não rejeita ninguém, Deus é pai. E eu não tenho o direito de expulsar ninguém da Igreja. Não só isso, meu dever é sempre acolher”, afirmou o papa na ocasião.
No início de seu papado, em 2015, o líder religioso cumprimentou pessoalmente peregrinos LGBTQI+ da diocese de Westminster, na Inglaterra. Além disso, o pontífice cumprimentou em 2023 líderes da Global Network of Rainbow Catholics, uma rede que reúne católicos LGBT, suas famílias, aliados e amigos.
Ainda em 2023, Francisco participou de um almoço com 1,2 mil pessoas em vulnerabilidade social, incluindo 44 mulheres trans. O evento ocorreu em 19 de novembro e fez parte da 7ª Jornada Mundial dos Pobres.
As mulheres trans que participaram do almoço faziam parte de um projeto de acolhimento da Paróquia de Torvaianica, próxima a Roma. Naquele ano, Francisco disse que "mulheres trans são filhas de Deus" e que Ele "as ama como são".
O pontífice autorizou que padres católicos abençoassem casais homoafetivos, desde que a benção não se confundisse com o sacramento do matrimônio. Ele disse que a “homossexualidade é pecado, mas não deveria ser crime”, além de defender que a criminalização da comunidade LGBTQIA+ é uma injustiça.
No ano seguinte, o papa recebeu ativistas LGBT no Vaticano e ouviu apelos para anular a proibição da Igreja Católica sobre cuidados relacionados à transição de gênero. Meses antes, Francisco assinou um documento chamado Dignitas Infinita (Dignidade Infinita), em que condenava a cirurgia de redesignação sexual e a classificava como "ameaça grave à humanidade". Participantes do evento disseram à imprensa que o papa foi “muito receptivo”.
Sob administração de Francisco, o Vaticano ainda incluiu no calendário oficial do Jubileu 2025, que ocorre em Roma, uma peregrinação organizada pelo grupo italiano La Tenda di Giornata, que trabalha para acolher pessoas LGBT na Igreja.
Papa Francisco morre aos 88 anos
Nesta segunda-feira (21/4) a Santa Sé comunicou a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. Francisco enfrentou uma pneumonia bilateral. O papa passou 38 dias internado e teve alta para continuar a recuperação. Ainda assim, Francisco cumpriu diversas agendas em função da quaresma e fez a última aparição pública no domingo de Páscoa, quando pediu pela paz e pelo desarmamento.
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