
O governo brasileiro cobrou informações de Israel, por meio de canais diplomáticos, após a morte de um brasileiro de origem palestina que estava preso no país. O governo de Israel não se posicionou publicamente sobre o caso.
A Embaixada do Brasil em Israel pediu informações sobre a morte de Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, ao governo israelense, mas o Itamaraty ainda não recebeu detalhes, segundo fontes da chancelaria. O governo brasileiro também não se pronunciou oficialmente.
A prisão do menor, ocorrida em setembro por suspeita de agredir um militar israelense, era de conhecimento de autoridades diplomáticas e consulares brasileiras na Cisjordânia. O caso vinha sendo monitorado. Ele estava detido na prisão de Megiddo.
Apoio
O Escritório da Representação do Brasil em Ramallah informou que presta apoio à família do jovem para obter informações e realizar procedimentos funerários.
A Federação Árabe Palestina do Brasil divulgou informações sobre a morte de Ahmed no domingo, nas redes sociais. A entidade acusa o governo de Israel de permitir a realização de tortura na prisão, o que o governo nega.
Segundo a ONG Defesa das Crianças Internacional - Palestina, o caso dele foi relatado à Comissão de Assuntos de Presos e Ex-Presos, e o Gabinete de Ligação Palestino informou à família de Walid sobre a morte e que ele sofria de doenças como sarna e disenteria amebiana.
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.