
A versão live-action (com atores reais) da Disney para o clássico conto de fadas Branca de Neve liderou as bilheteiras na América do Norte, apesar de uma onda de críticas mornas.
Segundo o Box Office Mojo (site especializado em dados de bilheteiras de filmes), o filme arrecadou cerca de US$ 87,3 milhões (cerca de R$ 500 milhões) globalmente no fim de semana de estreia, com quase metade desse valor vindo da América do Norte.
No entanto, o desempenho ficou abaixo das expectativas para uma produção que teria custado mais de $270 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão).
A nova adaptação da animação de 1937 parecia um sucesso garantido, mas enfrentou uma série de polêmicas antes do lançamento.
A reformulação de Branca de Neve e os Sete Anões se tornou um ponto de discórdia social e política, mesmo antes de chegar aos cinemas ao redor do mundo.
Isso incluiu críticas sobre o elenco de Rachel Zegler, que é de ascendência colombiana, como a heroína.
Também houve uma reação negativa em relação aos comentários pró-palestinos de Zegler e aos comentários pró-Israel da atriz israelense Gal Gadot, que interpreta a madrasta da Branca de Neve, a Rainha Má.
E ainda há um debate contínuo sobre a presença de anões no filme, sejam eles reais ou feitos por computação gráfica (imagens geradas por computador, ou 'CGI', que utiliza tecnologia digital para criar personagens e efeitos visuais).
Na China continental, Branca de Neve ficou fora do top 5 de filmes nos cinemas, de acordo com o site China Box Office do EntGroup (empresa especializada em dados de bilheteiras e tendências do mercado de entretenimento na China).
No país, com mais de 1,4 bilhão de pessoas, o filme arrecadou menos de $1 milhão (R$5,73 milhões) nos primeiros três dias em cartaz.
"Suspeito que as várias controvérsias tenham diminuído o apelo do filme", disse o consultor da indústria do entretenimento Patrick Frater à BBC.
"Isso e o impacto cada vez menor de muitas produções de Hollywood na Ásia, que vemos desde o início da pandemia."
No site especializado Rotten Tomatoes, o filmetem uma pontuação de 44% dos críticos, o que indica uma aceitação abaixo da média entre os profissionais, já que a maioria das críticas foi negativa.
No "Popcornometer", que mede a reação do público, o filme tem uma pontuação de 73%, o que demonstra uma recepção mais favorável pelos espectadores.
Wendy Ide, do jornal The Guardian, descreveu o filme como "terrivelmente desconfortável", mas David Rooney, do Hollywood Reporter, chamou-o de "principalmente cativante".
Com anões feitos por imagens geradas por computador e tom confuso, o mais recente remake live-action da Disney "não é catastrófico", mas é uma "mistura de deixar a mente perplexa", disse Nicholas Barber, da BBC.
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