GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Netanyahu diz que novos bombardeios em Gaza são "apenas o começo"

Nesta quarta, milhares de manifestantes protestam em Jerusalém contra a guerra em Gaza

Tanques militares israelenses estão posicionados ao longo da fronteira sul de Israel com o norte da Faixa de Gaza em 19 de março de 2025       -  (crédito: Jack GUEZ/AFP)
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Tanques militares israelenses estão posicionados ao longo da fronteira sul de Israel com o norte da Faixa de Gaza em 19 de março de 2025 - (crédito: Jack GUEZ/AFP)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os novos bombardeios contra a Faixa de Gaza são "apenas o começo" e disse que a pressão militar é essencial para garantir a liberação dos reféns que ainda estão sob o poder do Hamas.

Os ataques de terça-feira (18/3) deixaram mais de 400 mortos e são os primeiros em grande escala desde a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo em 19 de janeiro.

Nesta quarta-feira (19), a Defesa Civil de Gaza anunciou que 13 pessoas morreram em novos bombardeios israelenses contra o território palestino após a meia-noite.

Milhares de manifestantes protestam em Jerusalém contra Benjamin Netanyahu e a decisão do primeiro-ministro de destituir Ronen Bar do serviço de inteligência interno e de segurança. O protesto diante do Parlamento israelense também contou com a presença dos parentes dos reféns, que criticaram os bombardeios na Faixa de Gaza.

  • Israelenses segurando bandeiras nacionais marcham para Jerusalém durante uma manifestação contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pedindo o fim da guerra em Gaza em 19 de março de 2025
    Israelenses segurando bandeiras nacionais marcham para Jerusalém durante uma manifestação contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pedindo o fim da guerra em Gaza em 19 de março de 2025 Menahem Kahana/AFP
  • Manifestantes participam de uma manifestação contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém em 19 de março de 2025, pedindo o fim da guerra em Gaza
    Manifestantes participam de uma manifestação contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém em 19 de março de 2025, pedindo o fim da guerra em Gaza Menahem Kahana/AFP
  • Manifestantes participam de uma manifestação contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém em 19 de março de 2025, pedindo o fim da guerra em Gaza
    Manifestantes participam de uma manifestação contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém em 19 de março de 2025, pedindo o fim da guerra em Gaza Menahem KAHANA/AFP

"Você é o chefe, você tem a culpa" e "Você tem sangue nas mãos" eram duas frases gritadas pelos manifestantes. Outros exibiam cartazes com "Todos somos reféns" ou pedidos para que os Estados Unidos para "Salvem Israel de Netanyahu".

Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel, que desencadeou a guerra, 58 continuam em cativeiro, das quais o Exército israelense considera que 34 estão mortas.

O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, afirmou que o país continuará atacando a Faixa de Gaza "até que todos os reféns tenham retornado".

"Não vamos parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos", afirmou Katz. Entre as metas do governo israelense estão, além do retorno dos sequestrados (vivos e mortos), a destruição do Hamas como força militar e política.

Taher al Nunu, dirigente do Hamas, disse que o movimento "não fechou a porta" para as negociações, mas insistiu que "não há necessidade de novos acordos" e que Israel deve ser obrigado a aplicar o acordo de trégua existente.

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*Com informações da Agência France-Press

Aline Gouveia
postado em 19/03/2025 10:10