
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os novos bombardeios contra a Faixa de Gaza são "apenas o começo" e disse que a pressão militar é essencial para garantir a liberação dos reféns que ainda estão sob o poder do Hamas.
Os ataques de terça-feira (18/3) deixaram mais de 400 mortos e são os primeiros em grande escala desde a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo em 19 de janeiro.
Nesta quarta-feira (19), a Defesa Civil de Gaza anunciou que 13 pessoas morreram em novos bombardeios israelenses contra o território palestino após a meia-noite.
Milhares de manifestantes protestam em Jerusalém contra Benjamin Netanyahu e a decisão do primeiro-ministro de destituir Ronen Bar do serviço de inteligência interno e de segurança. O protesto diante do Parlamento israelense também contou com a presença dos parentes dos reféns, que criticaram os bombardeios na Faixa de Gaza.
"Você é o chefe, você tem a culpa" e "Você tem sangue nas mãos" eram duas frases gritadas pelos manifestantes. Outros exibiam cartazes com "Todos somos reféns" ou pedidos para que os Estados Unidos para "Salvem Israel de Netanyahu".
Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel, que desencadeou a guerra, 58 continuam em cativeiro, das quais o Exército israelense considera que 34 estão mortas.
O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, afirmou que o país continuará atacando a Faixa de Gaza "até que todos os reféns tenham retornado".
"Não vamos parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos", afirmou Katz. Entre as metas do governo israelense estão, além do retorno dos sequestrados (vivos e mortos), a destruição do Hamas como força militar e política.
Taher al Nunu, dirigente do Hamas, disse que o movimento "não fechou a porta" para as negociações, mas insistiu que "não há necessidade de novos acordos" e que Israel deve ser obrigado a aplicar o acordo de trégua existente.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
*Com informações da Agência France-Press