Guerra Israel-Hamas

Israel interrompe cessar-fogo e lança ataque contra alvos em Gaza

Segundo informações preliminares, mais de 20 pessoas morreram nos ataques, incluindo cinco crianças, e dezenas ficaram feridas

Mais de 20 pessoas morreram, incluindo cinco crianças, e dezenas ficaram feridas -  (crédito:  AFP)
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Mais de 20 pessoas morreram, incluindo cinco crianças, e dezenas ficaram feridas - (crédito: AFP)

As Forças de Defesa de Israel conduziram ataques contra terroristas do Hamas na Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira (18/3) pelo horário local. Este é o primeiro grande ataque desde o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, firmado em janeiro.

Segundo informações da Agência France-Presse, a agência de Defesa Civil de Gaza anunciou que os ataques mataram pelo menos 20 pessoas, entre elas cinco crianças, e deixaram dezenas de feridos, que foram levados para um hospital.

"O saldo de mortos chega a mais de 20 mártires e cerca de 70 feridos, como resultado de uma série de ataques israelenses em partes da Faixa de Gaza", informou à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal.

No entanto, a rede Al Jazeera noticiou que morreram ao menos 30 pessoas durante o conflito, incluindo uma criança de 6 anos e outra de 8.

Uma publicação feita na conta do exército israelense no X (antigo Twitter) diz que "estão atualmente conduzindo ataques extensivos contra alvos terroristas pertencentes ao Hamas em Gaza".

 

Acordo de cessar-fogo

Em janeiro, o governo de Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mais de um ano de guerra na Faixa de Gaza.

A primeira parte do acordo consistia na liberação de 33 reféns pelo Hamas e grupos aliados. A primeira leva de prisioneiros deveria priorizar mulheres, crianças, idosos e civis feridos. Em contrapartida, Israel devia liberar centenas de reféns palestinos.

Em fevereiro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou acabar com o acordo se o Hamas não libertasse os reféns. Na época, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também ameaçou provocar um "inferno" em Gaza se os reféns israelenses não fossem libertados.

Em resposta, o Hamas justificou o adiamento por tempo indeterminado da libertação de reféns ao acusar Israel de violar o cessar-fogo, mediado pelo Catar, com a ajuda dos Estados Unidos e do Egito.

 


Yasmin Rajab
postado em 17/03/2025 22:49