INGLATERRA

Comitê médico conclui que ‘enfermeira serial killer’ é inocente

Lucy Letby foi condenada pela morte de sete bebês e tentativa de homicídio de outros sete entre 2015 e 2016

Novas evidências causaram uma reviravolta no caso de Lucy Letby, enfermeira condenada pela morte de sete bebês, nesta terça-feira (4/2). Contestação feita por um painel de especialistas concluiu que não há provas de que a ré matou ou feriu bebês na maternidade em que trabalhava. As informações foram divulgadas pelo The Guardian.

Lucy foi condenada a 15 penas de prisão perpétua pelo assassinato de sete bebês e tentativa de homicídio de outros sete entre 2015 e 2016. Ela ficou conhecida como “enfermeira serial killer” devido à repercussão do caso. Entre os métodos, a condenada foi acusada de injetar ar nas sondas de alimentação e envenenar as vítimas com insulina.

Segundo a defesa da mulher, um painel composto por especialistas renomados em pediátrica e neonatologia de diferentes países não encontrou evidências de assassinato ou agressão nos 17 bebês que a enfermeira teria machucado. 

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

O grupo alegou que recém-nascidos sofreram uma série de maus cuidados médicos ou apresentaram pioras por causas naturais. “Em resumo, senhoras e senhores, não encontramos nenhum assassinato”, diz o documento. 

O conselho foi liderado pelo médico Shoo Lee, professor emérito da Universidade de Toronto. Neonatologista aposentado, Lee é autor de uma pesquisa sobre embolias gasosas utilizada pela promotoria para acusar Lucy Letby. Segundo Lee, a pesquisa dissertava sobre embolias pulmonares, em que o oxigênio é bombeado para os pulmões de bebês sob ventilação, por isso, não servia como base para analisar o caso da enfermeira.

Relatório foi enviado à Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC), conselho que investiga possibilidade de erros judiciais. O órgão informou que está examinando o caso. 

 

Mais Lidas