A China respondeu, nesta terça-feira (4/3), às tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump com medidas similares contra os combustíveis, veículos e máquinas agrícolas dos Estados Unidos. A retaliação de Pequim foi anunciada minutos após entrar em vigor as tarifas de 10% adicionais impostas às importações de produtos chineses.
O Ministério das Finanças da China anunciou a adoção de tarifas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos Estados Unidos, e de 10% sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns modelos de veículos.
A medida é uma resposta ao "aumento unilateral de tarifas" por parte dos Estados Unidos, afirma comunicado.
O país asiático também apresentou uma reclamação à Organização Mundial do Comércio (OMC) "para defender seus direitos e interesses legítimos" contra a imposição de tarifas sobre os produtos chineses nos Estados Unidos.
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Segundo Pequim, a decisão de Trump "viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), não faz nada para resolver os problemas e prejudica a cooperação econômica e comercial normal entre China e Estados Unidos".
Além da resposta tarifária, as autoridades chinesas anunciaram uma investigação contra o grupo americano Alphabet (matriz do Google) por violação das leis antimonopólio e a inclusão do grupo de moda PVH (proprietário das marcas Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e do grupo biotecnologia Illumina em uma lista de "entidades não confiáveis".
Acordo com México e Canadá
Donald Trump também tinha imposto tarifas ao México e ao Canadá. O republicano, no entanto, anunciou acordos de última hora com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, para aumentar a vigilância na fronteira e suspender por 30 dias a implementação das novas tarifas.
Trump disse que pretendia ligar para o presidente chinês, Xi Jinping, nas próximas 24 horas para negociar um acordo similar.
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O presidente norte-americano justificou as novas tarifas contra os três principais aliados comerciais dos Estados Unidos como uma punição por "não fazerem o suficiente" para conter o fluxo ilegal de migrantes e de drogas ao território dos EUA.
Com informações da AFP*
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