A Venezuela planeja organizar nove eleições em 2025, incluindo a do Parlamento e um referendo sobre uma reforma constitucional, em meio às denúncias de fraude por parte da oposição contra a vitória do presidente Nicolás Maduro no último pleito presidencial.
O Parlamento, controlado pelo governo, convocou todos os partidos políticos do país para apresentar uma proposta de cronograma ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também acusado de servir aos interesses do chavismo.
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"Somente para os cargos de eleição popular, o Conselho Nacional Eleitoral deve organizar e convocar três eleições [...] todas elas este ano", disse o chefe da Assembleia Nacional, o poderoso dirigente chavista Jorge Rodríguez.
O calendário eleitoral inclui consultas sobre projetos comunais, uma iniciativa de Maduro, "e eventualmente toda a discussão em torno da reforma constitucional que o presidente Nicolás Maduro Moros está propondo", sobre a qual ainda não há detalhes.
A oposição, liderada por María Corina Machado, denuncia que Maduro "roubou" as eleições de 28 de julho de Edmundo González Urrutia e publicou cópias das atas eleitorais, as quais, segundo afirma, comprovam a vitória de seu candidato com mais de 70% dos votos.
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Maduro foi proclamado vencedor com 52% dos votos, mas o CNE não publicou a contagem detalhada, como exige a lei.
O calendário eleitoral inclui a renovação do Parlamento. Também serão escolhidos prefeitos, governadores e legisladores municipais e regionais, cargos nos quais o chavismo também detém maioria atualmente.
Nas eleições regionais, será escolhido, segundo o chavismo, o primeiro governador da Guiana Essequiba, um território administrado pela vizinha Guiana e reivindicado pela Venezuela.
"Devemos discutir para levar ao Conselho Nacional Eleitoral uma proposta e que o Conselho Nacional Eleitoral analise, elabore um cronograma e convoque", explicou Rodríguez.
"Vão surgir propostas: fazemos todas as eleições juntas? Fazemos separadas? Quais são os parâmetros legais e requisitos?", acrescentou o dirigente.
O chavismo já promoveu a aprovação de leis que preveem penas de 30 anos de prisão por crimes "políticos", inelegibilidade perpétua para cargos públicos e julgamentos à revelia.
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