CINEMA

Oscar 2025: as previsões dos críticos da BBC para as indicações (e o que dizem de Fernanda Torres)

Antecipando o anúncio, os críticos de cinema da BBC Nicholas Barber e Caryn James preveem quais serão os prováveis concorrentes.

<em>O Brutalista</em> -  (crédito: A24)
O Brutalista - (crédito: A24)

Na quinta-feira, 23 de janeiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood irá divulgar os indicados ao Oscar deste ano.

Antecipando o anúncio, os críticos de cinema da BBC Nicholas Barber e Caryn James preveem quais serão os prováveis concorrentes.

Eles incluem desde um musical sobre um chefão do crime transgênero até um épico da arquitetura, com o ator Adrien Brody, de O Pianista (2002).

E quais serão as chances de indicação de Fernanda Torres para o prêmio de melhor atriz?

Adrien Brody em 'O Brutalista'
A24
O Brutalista

Melhor filme

Nicholas Barber: Quem poderia imaginar?

Mesmo com as greves dos atores e roteiristas paralisando Hollywood por grande parte de 2023, este acabou sendo um ano vintage para os concorrentes ao prêmio de melhor filme.

O favorito no momento é O Brutalista, de Brady Corbet — a história intensa e inteligente de um arquiteto imigrante enfrentando o modo de vida americano em meados do século 20.

Outro filme que também deve entrar na disputa é Conclave, o thriller ambientado no Vaticano, que mistura temas sérios e cativante entretenimento de forma milagrosa.

Emilia Pérez foi outro sucesso da temporada, o que não é nada mau para este musical multilíngue sobre a advogada de um chefão do crime transgênero.

A escala e o espetáculo (sem falar na bilheteria) de Wicked e Duna – Parte 2 devem colocar ambos na contenda.

Se a Academia decidir preencher todas as 10 possíveis vagas desta categoria, temos espaço para Anora, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes; A Substância, um dos filmes mais comentados do ano; Nickel Boys, que reinventou o drama de época; e Um Completo Desconhecido, já que as cinebiografias sempre se saem bem — neste caso, a de Bob Dylan.

A última vaga poderia ser de um dentre os meus dois filmes favoritos do ano: A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg, ou Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia — que, certamente, teria sido indicado na categoria de melhor filme estrangeiro, se a Federação de Cinema da Índia não tivesse inscrito outro longa.

Caryn James: Os favoritos para o grande prêmio já são conhecidos há meses e formam um conjunto deliciosamente variado.

Eles incluem o ambicioso épico O Brutalista, o louco musical transgênero Emilia Pérez, a comovente visão cômica de uma profissional do sexo chamada Anora e o envolvente thriller Conclave. Os demais vêm apenas preencher as vagas, já que, agora, são indicados até 10 filmes nesta categoria.

Wicked deve ser indicado para cumprir a função do maior número de indicações: oferecer certo reconhecimento aos populares sucessos de bilheteria.

Cruzo os dedos pela indicação do sensível e engraçado A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg. A escolha seguiria o mesmo padrão de Vidas Passadas no último ano — ou seja, incentivar um novo cineasta e um filme independente.

E aposto que Um Completo Desconhecido irá preencher a inevitável vaga para a cinebiografia, talvez ao lado de A Substância, pela audácia do filme e pela atenção despertada pela força do trabalho de Demi Moore.

Ao contrário do ano passado, com o furacão Oppenheimer, a lista de filmes deste ano torna a disputa mais volátil e envolvente do que o habitual.

Melhor diretor

Caryn James: Os concorrentes ao prêmio de melhor filme também irão levar indicações para seus diretores, não porque as duas categorias sejam sempre coincidentes (o que não é o caso), mas porque são cineastas muito criativos e respeitados.

Brady Corbet (O Brutalista), Sean Baker (Anora), Edward Berger (Conclave) e Jacques Audiard (Emilia Pérez) seriam todos indicados pela primeira vez nesta categoria. E sobraria apenas uma vaga para os demais.

O Sindicato dos Diretores indicou os quatro para o seu prêmio, mais o veterano James Mangold, por Um Completo Desconhecido.

Mas acho que os eleitores do Oscar podem nos surpreender com um nome mais novo e menos convencional – talvez Coralie Fargeat por A Substância, que fala de forma tão direta sobre a obsessão de Hollywood pela aparência.

A indicação de Fargeat também livraria a Academia do constrangimento de indicar apenas homens para o prêmio de melhor diretor. Eles ainda enfrentam problemas com a diversidade racial (que já gerou a polêmica #OscarSoWhite, "Oscar tão branco").

RaMell Ross deveria ser indicado pelo seu visionário filme Nickel Boys, mas, infelizmente, a obra ainda não entrou muito na onda de prêmios, fora dos grupos de críticos de cinema.

Nicholas Barber: No ano passado, Christopher Nolan (Oppenheimer) estava muito à frente dos demais concorrentes, na corrida pelo Oscar de melhor diretor. Mas, este ano, ainda não há favorito.

Brady Corbet construiu um drama internacional monumental por menos de US$ 10 milhões (cerca de R$ 60,5 milhões) e deve ser nomeado por O Brutalista. E Jacques Audiard consegue cobrir todo tipo de gêneros, tons e locais em Emilia Pérez.

Jon M. Chu pode muito bem receber a indicação por um tipo diferente de musical, o brilhante e inteligente Wicked. E Sean Baker também merece a indicação por coreografar o caos em Anora, um filme que é claramente absurdo, mas sempre plausível.

Seria uma pena se acabássemos apenas com homens na lista de indicados. Vamos esperar que Coralie Fargeat seja reconhecida por supervisionar o estilo luminoso, as interpretações brilhantes e o surpreendente final de A Substância.

Timothée Chalamet interpreta Bob Dylan
Searchlight Pictures
Em Um Completo Desconhecido, Timothée Chalamet interpreta Bob Dylan de forma 'excepcional" – "o tipo de atuação que os eleitores do Oscar adoram'.

Melhor ator

Caryn James: Adrien Brody tem lugar certo entre os indicados e ascendeu para o topo da lista, depois da sua vitória no Globo de Ouro e da sua indicação para o prêmio do Sindicato dos Atores, pela sua interpretação de um imigrante sobrevivente do Holocausto em O Brutalista.

Seus concorrentes irão provavelmente incluir Thimothée Chalamet, que criou uma versão intensa de Bob Dylan em Um Completo Desconhecido, e Ralph Fiennes, que interpretou de forma poderosamente sutil um cardeal que põe em dúvida sua própria fé na Igreja Católica, que serve de âncora para Conclave.

Daniel Craig provavelmente será indicado pelo seu desempenho arrasador em Queer, como um escritor americano gay, inspirado em William S. Burroughs (1914-1997).

O Sindicato dos Atores — um grande grupo com muitos membros em comum com os eleitores do Oscar — indicou estes quatro, mais Colman Domingo, por Sing Sing.

Por melhor que seja Domingo, este filme foi tão modesto que sempre tive dúvidas sobre suas chances para o Oscar. Pode ser uma surpresa, mas, por enquanto, ele é a escolha menos provável para a última indicação.

Nicholas Barber: Adrien Brody é o primeiro da lista para melhor ator.

Ele ganhou um Oscar em 2003 ao interpretar um compositor judeu do leste da Europa em O Pianista. Agora, ele interpreta o mesmo tipo de personagem (desta vez, um arquiteto) em O Brutalista — mas está ainda melhor.

Nenhum outro ator se dedicou tanto a um papel este ano, nem precisou aprender húngaro no processo.

É verdade que Timothée Chalamet aprendeu canções de Bob Dylan — em número suficiente para gravar um álbum — em Um Completo Desconhecido. E sua personificação de Dylan é excepcional, formando o tipo de atuação que os eleitores do Oscar adoram.

Ralph Fiennes também brilha com pura competência em Conclave e Sebastian Stan poderia conquistar uma indicação com seu ágil desempenho em O Aprendiz ou Um Homem Diferente (que lhe valeu um Globo de Ouro). Já Colman Domingo atrai tanta solidariedade em Sing Sing que merece a quinta indicação para melhor ator.

Mas, se a Academia não esnobasse tanto os filmes de terror, a atuação nerd e jovial de Hugh Grant, com sua malícia psicótica em Herege, certamente seria reconhecida.

Fernanda Torres com o prêmio de melhor atriz dramática no Globo de Ouro
EPA
Fernanda Torres é cotada para uma indicação ao Oscar após o prêmio do Globo de Ouro de melhor atriz dramática

Melhor atriz

Nicholas Barber: Pessoalmente, minha favorita para o Oscar de melhor atriz é Mikey Madison, o furacão de energia de Anora.

Praticamente desconhecida até estrelar a vibrante comédia dramática de Sean Baker, Madison criou uma personagem implacavelmente intensa. E fica muito pouco tempo fora da tela, do princípio ao fim do filme.

Mas este é um ano com interpretações tão fortes entre as atrizes que sua própria indicação não está garantida.

Depois de ganhar o Globo de Ouro por interpretar a incansável matriarca de Ainda Estou Aqui, o contundente drama político brasileiro de Walter Salles, Fernanda Torres, agora, é candidata ao Oscar.

Ao lado dela, está Demi Moore, que também ganhou o Globo de Ouro por A Substância — e seu papel de recuperação pode ser irresistível para a Academia.

Além de Moore, existe também a possibilidade de que Pamela Anderson seja indicada por outra história de recuperação em The Last Showgirl, como indicaram os prêmios do Sindicato dos Atores e o Globo de Ouro.

Quem sobra, então? Minha aposta seria Cynthia Erivo (Wicked) ou Nicole Kidman (Babygirl) e suas personagens poderosas, mas vulneráveis.

Caryn James: Não digo que ela irá ganhar, mas é mais provável do que nunca que Demi Moore seja indicada por A Substância, depois de sua vitória no Globo de Ouro e pelo seu discurso pronto para o Oscar ao receber o prêmio, sem falar na sua indicação para o prêmio do Sindicato dos Atores.

Outras certezas são Mikey Madison pela sua decisiva atuação em Anora, Karla Sofia Gascón, que seria a primeira indicada transgênero na categoria, por Emilia Pérez, e provavelmente Cynthia Erivo, por sua cor verde e suas canções em Wicked.

Fica a última vaga em aberto. Ela pode muito bem ir para Nicole Kidman (Babygirl), até porque os eleitores do Oscar parecem ter adoração por ela.

Fernanda Torres é inspiradora em Ainda Estou Aqui e Marianne Jean-Baptiste é inflexível em Hard Truths, de Mike Leigh. As duas deveriam ser indicadas no lugar de Erivo e Kidman, o que é improvável que aconteça.

Também seria ótimo ver Pamela Anderson indicada por The Last Showgirl, como ocorreu no prêmio do Sindicato dos Atores. Mas este voto de confiança provavelmente veio tarde demais para oferecer o ímpeto de que ela precisava.

Melhor ator coadjuvante

Nicholas Barber: Este parece ser um momento adequado para o meu lamento anual sobre atores inscritos em categorias às quais eles não pertencem.

Jesse Eisenberg e Kieran Culkin são coprotagonistas em A Verdadeira Dor. E se, por acaso, eles fossem de gêneros diferentes, os dois seriam considerados atores "protagonistas".

Mas as autoridades de plantão decidiram que Culkin é o ator coadjuvante do filme e ele está certo de ser indicado pela sua atuação exuberante, vencedora do Globo de Ouro.

Edward Norton irradia maturidade e gentileza como o mentor de Bob Dylan, Pete Seeger (1919-2014), em Um Completo Desconhecido. E Yura Borisov traz mais humanidade à segunda metade de Anora, como o criminoso russo de bom coração.

O eternamente subvalorizado Guy Pearce é sutil e dominante em O Brutalista e já está na hora de que ele seja indicado para o Oscar.

Por fim, Denzel Washington deveria ser incluído pela sua fabulosa presença em Gladiador 2. É difícil relembrar outro momento em que um ator coadjuvante roubou tão completamente a cena do seu suposto astro principal.

Caryn James: Será uma grande surpresa se Kieran Culkin não ganhar o Oscar como o primo engraçado, caótico e atrapalhado de Jesse Eisenberg em A Verdadeira Dor.

Ele já ganhou o Globo de Ouro, a indicação para o prêmio do Sindicato dos Atores e uma série de prêmios dos grupos de críticos. Seu discurso de aceitação foi engraçado e autodepreciativo, todas as vezes.

Os outros indicados estarão ali simplesmente para preencher a categoria, mas eles ofereceram fortes atuações – como Edward Norton, que interpreta Pete Seeger em Um Completo Desconhecido, Yura Borisov como o gângster de coração mole em Anora e Guy Pearce como o magnata de coração duro em O Brutalista.

A quinta indicação é mais difícil de definir, mas meu palpite é que Jeremy Strong será indicado pelas múltiplas faces do seu desempenho em O Aprendiz como Roy Cohn (1927-1986), o advogado que ensinou a sombria arte da política e manipulação da imprensa para o jovem Donald Trump.

A 'multitalentosa' Zoe Saldaña, em sua 'dinâmica interpretação da advogada que ajuda Emilia Pérez'.
Netflix
A 'multitalentosa' Zoe Saldaña, em sua 'dinâmica interpretação da advogada que ajuda Emilia Pérez'.

Melhor atriz coadjuvante

Caryn James: Zoe Saldaña é a favorita pela sua dinâmica interpretação da advogada que ajuda Emilia Pérez no filme que leva o nome da personagem principal. E Selena Gomez também pode ser indicada nesta categoria, como a ex-esposa traída de Pérez.

Ariana Grande, muito provavelmente, será indicada pela sua suave interpretação de Galinda em Wicked, um papel fácil de interpretar apenas na aparência (uma atriz menor poderia ter feito Galinda se tornar desagradável).

Ao lado delas, deve estar Isabella Rossellini, que oferece um ótimo discurso e mantém seus olhos atentos todo o tempo como a irmã Agnes, em Conclave.

A quinta indicação fica entre Margaret Qualley (A Substância), Danielle Deadwyler (Piano de Família) e Monica Barbaro, vibrante e convincente como Joan Baez em Um Completo Desconhecido.

Mas eu daria a indicação a Jamie Lee Curtis, vencedora na categoria em 2023, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. Ela merece outra indicação pela sua penosa atuação como uma envelhecida garçonete desafiadora e confiante em The Last Showgirl. Sua indicação para o prêmio do Sindicato dos Atores é um bom presságio.

Nicholas Barber: Eu adoraria ver Monica Barbaro indicada pelo seu papel em Um Completo Desconhecido. Ouvir Timothée Chalamet cantar como Bob Dylan é impressionante, mas ouvir Barbaro cantando com o vibrato de ópera de Joan Baez é outra coisa.

Aliás, cantar é um tema quase onipresente nesta categoria.

A multitalentosa Zoe Saldaña será indicada por Emilia Pérez, embora, na verdade, ela seja a atriz principal do filme.

Ariana Grande exibe seus vocais estratosféricos em Wicked e também comprova que é uma notável comediante. Mas, novamente, não seria ela a coprotagonista e não uma das coadjuvantes?

Saindo das cantoras, Felicity Jones oferece uma atuação abrasadora como a esposa do arquiteto em O Brutalista e Margaret Qualley brilha como uma estrela, com maliciosa perspicácia, como o clone problemático de Demi Moore em A Substância.

Melhor roteiro original

Nicholas Barber: Quatro filmes têm roteiros originais tão deslumbrantes que seria decepcionante se algum deles ficasse de fora da lista de indicados.

Anora, de Sean Baker, é repleto de personagens vibrantes e cenas inesquecíveis. O Brutalista, de Brady Corbet e Mona Fastvold, inclui personagens profundos, forte ambição e um fabuloso leque de pesquisa.

A Substância, de Coralie Fargeat, brinca com seu conceito absurdo. E o sublime A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg, não desperdiça uma palavra — todas as cenas são hilariantes, profundas ou ambas ao mesmo tempo.

Não é fácil prever qual filme irá receber a quinta indicação, mas seria animador se a delicadeza, a graça e o calor humano de Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia, recebesse esta homenagem.

Caryn James: Os filmes indicados nesta categoria poderiam formar uma aula magistral de ótimos e inovadores roteiros.

O hábil A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg, o ousado Anora de Sean Baker e o incomum A Substância, de Coralie Fargeat, devem ser incluídos. Todos estes filmes são perfeitamente equilibrados em sua transição de comédia ou sátira para drama. Não é por acaso que estes roteiristas também são os próprios diretores.

O roteiro de Mona Fastvold e do diretor Brady Corbet para O Brutalista certamente também estará na lista.

A quinta indicação é difícil de prever, mas seria ótimo ver o estimulante Hard Truths, de Mike Leigh. E a Índia não apresentou o delicado Tudo que Imaginamos como Luz, da diretora e roteirista Payal Kapadia, para a categoria de melhor filme internacional, mas é possível compensar a omissão se a obra for indicada para o prêmio de melhor roteiro original.

Cena de 'Conclave'
Focus Features
Conclave aparece entre os favoritos para o Oscar de melhor roteiro adaptado

Melhor roteiro adaptado

Nicholas Barber: Não há falta de concorrentes para o Oscar de melhor roteiro adaptado este ano.

Eles incluem adaptações mais ou menos diretas até roteiros que usaram apenas dois fios do material original para tecer magníficas tapeçarias.

O roteiro de Conclave, de Peter Straughan, transforma o romance de Robert Harris em uma experiência cinematográfica eficiente. Já o roteiro de Nickel Boys, de RaMell Ross e Joslyn Barnes, é fiel ao romance de Colson Whitehead, mas também prepara algo mágico e diferenciado.

Emilia Pérez é inspirado no romance de Boris Razon, mas decola em direção própria. Sing Sing transforma com habilidade um artigo de revista em um drama baseado em personagens autênticos.

E Um Completo Desconhecido, de James Mangold e Jay Cocks, adota o livro Dylan Goes Electric! ("Dylan fica elétrico!", em tradução livre), de Elijah Wald, como ponto de partida para uma homenagem afetuosa ao início de carreira de Bob Dylan.

Caryn James: A tensa adaptação do romance de Robert Harris, Conclave, por Peter Straughan, é a favorita para ganhar o Oscar. Ela deve ser acompanhada, entre os indicados, por Emilia Pérez, de Jacques Audiard.

Nickel Boys pode ter a chance de receber a indicação para esta categoria, pois RaMell Ross e Joslyn Barnes transformaram o romance muito literário de Colson Whitehead em algo cinematográfico.

Como a lista de outras possibilidades é muito curta, ela provavelmente será preenchida por dois roteiros sem chance de vitória.

Um deles é Um Completo Desconhecido, de Jay Cocks e James Mangold (oficialmente baseado no livro Dylan Goes Electric!, mas, na verdade, ele se baseia na própria vida de Bob Dylan).

Neste ano relativamente fraco de adaptações, seria até plausível que Wicked, de Dana Fox e Winnie Holzman, recebesse a indicação. Ninguém parece gostar da divisão do musical da Broadway em dois filmes, mas a primeira parte foi um sucesso tão grande que talvez possa lançar um pouco de pó de pirlimpimpim do Oscar sobre seus roteiristas.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.

BBC
Nicholas Barber e Caryn James - BBC Culture
postado em 15/01/2025 11:08 / atualizado em 15/01/2025 11:22
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