As autoridades chinesas cogitam a possibilidade de vender a subsidiária do TikTok nos Estados Unidos para o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter) caso a plataforma não consiga evitar um bloqueio até o próximo domingo (19/1). A informação foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg.
Conforme a agência, que cita fontes familiarizados com o assunto, as autoridades de Pequim ainda preferem que o aplicativo permaneça sob a gestão da ByteDance. Contudo, os juízes da Suprema Corte dos EUA já indicaram, em audiências realizadas na sexta-feira (12/1), que provavelmente manterão a legislação.
A Bloomberg também aponta que as autoridades chinesas ainda não chegaram a um acordo sobre as melhores estratégias a adotar, e suas discussões ainda são preliminares.
O TikTok descreveu como “pura ficção” os relatos de que a China está considerando a possível venda da subsidiária nos EUA para o bilionário Elon Musk. “Não se pode esperar que comentemos sobre pura ficção”, disse um porta-voz da rede social à AFP, nesta terça-feira (14/01).
A proibição do TikTok afetaria diretamente 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, bem como 7.000 trabalhadores americanos.
Entenda a polêmica
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou, em abril do ano passado, a lei que obriga o TikTok a cortar relações com a empresa chinesa ByteDance, sob pena de o aplicativo ser banido em território norte-americano.
A lei pede que a empresa matriz do TikTok, a ByteDance, venda a plataforma em 270 dias a uma empresa norte-americana. Caso contrário, o aplicativo será excluído das lojas virtuais de gigantes tecnológicos, como a Apple e Google, nos Estados Unidos.
À época, o bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), se manifestou contra a proibição do TikTok nos Estados Unidos. "O TikTok não deve ser proibido nos Estados Unidos, mesmo que essa proibição beneficie a plataforma X", disse. Musk mostrou preocupação com um precedente que poderia ser usado contra outras redes sociais e serviços de mensagens.
Trump faz pedido à Suprema Corte
"Dada a novidade e a dificuldade deste caso, a corte deveria considerar suspender o prazo legal para proporcionar mais tempo para abordar essas questões", escreveu a equipe jurídica de Trump, pedindo "a oportunidade de buscar uma resolução política".
Trump parece ter mudado de ideia, visto que o republicano durante seu primeiro mandato se opôs ferozmente à rede social de vídeos curtos. À época, ele tentou, sem sucesso, proibir a plataforma por motivos de segurança nacional.
*Com informações da AFP