Maduro fecha fronteira da Venezuela com a Colômbia, momentos antes da posse

O fechamento da fronteira da Venezuela com a Colômbia começou na manhã desta sexta-feira (10/1) e segue até segunda-feira. Ainda não há informações sobre possíveis impactos na fronteira da Venezuela com o Brasil

Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse - (crédito: Betty Laura Zapata/AFP)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou o fechamento da fronteira da Venezuela com a Colômbia nesta sexta-feira (10/1). A interdição se estenderá até segunda-feira (13/1). 

Conforme informou o governador de Táchira, as autoridades locais têm conhecimento de uma ‘conspiração internacional’ e o fechamento da fronteira tem o objetivo de impedir interferências externas na cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para 13h (horário de Brasília) desta sexta-feira.

“Temos informações de uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos” disse Freddy Bernal, governador do estado fronteiriço de Táchira. 

O Correio questionou o Itamaraty, o Ministério da Defesa e o Governo de Roraima para saber se há alguma movimentação atípica na fronteira do Brasil com a Venezuela na manhã desta sexta-feira, mas ainda não obteve retorno. 

Posse de Maduro será realizada nesta sexta-feira (10/1) 

A posse de Nicolás Maduro, declarado vencedor das eleições presidenciais de 2024, ocorre em um momento de tensão. A Oposição, representada por Edmundo González Urrutia e liderada por María Corina Machado contesta o resultado da eleição e Urrutia afirma que irá a Venezuela tomar posse, já que se considera o vencedor. O plano, no entanto, se torna cada vez mais improvável. 

A segurança no foi reforçada nos prédios públicos no centro de Caracas e apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas prestar apoio ao presidente após uma convocação de Maduro. 

 

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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Betty Laura Zapata/AFP
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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Jean RAMOS / AFP
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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Betty Laura Zapata/AFP
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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Betty Laura Zapata/AFP
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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Betty Laura Zapata/AFP
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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Betty Laura Zapata/AFP
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  Apoiadores de Nicolás Maduro foram às ruas nesta quinta-feira (9/1) prestar apoio ao presidente eleito um dia antes da posse Betty Laura Zapata/AFP
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  Um homem caminha ao lado de uma bandeira com o rosto de Nicolás Maduro Federico PARRA / AFP

Na quinta-feira (9/1) a oposição denunciou a prisão de María Corina Machado que foi liberada algumas horas depois, após gravar vídeos. 

Brasil na posse de Nicolás Maduro 

O governo brasileiro recebeu convite para participar da posse de Maduro e deve enviar a Embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira. A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no evento dá um recado ao governo da Venezuela, mas ainda se distancia da postura esperada de um país que não reconheceu o resultado da eleição. 

Em 2023, Nicolás Maduro também não compareceu à posse de Lula. Embora os dois líderes fossem próximos e Lula tenha revogado uma portaria de Bolsonaro que impediria a entrada de Maduro no Brasil, o presidente da Venezuela enviou um representante do parlamento para o evento. Meses depois, no entanto, Lula e Maduro se encontraram em Brasília durante a Cúpula dos presidentes dos países sul-americanos no Itamaraty.

As relações entre Lula e Maduro ficaram estremecidas depois que Maduro se autoproclamou presidente sem apresentar as atas eleitorais. Depois, o governo venezuelano fez publicações com ameaças veladas ao governo brasileiro usando a imagem de Lula.

 

 

Jaqueline Fonseca +

postado em 10/01/2025 10:25 / atualizado em 10/01/2025 11:08