Acreditava-se que Hayat Boumeddiene, terrorista ligada ao Estado Islâmico (EI), estivesse morta após alguma operação do grupo por falta de sucesso no rastreio com informações de inteligência. O governo da França, no entanto, alertou nesta quarta (8/1) que ela segue ativa e continua na lista antiterror.
Hayat e o marido, Amedy Coulibaly, integravam a célula terrorista que atacou funcionários da revista satírica "Charlie Hebdo" e assassinou 12 pessoas em 7 de janeiro de 2015. O massacre foi justificado pelos terroristas como uma missão de vingança contra charges publicadas que zombavam de Maomé.
Em 9 de janeiro de 2015, o casal invadiu o supermercado kosher Hyper Cacher, de produtos judaicos, em Paris. Amedy exigia que os irmãos Said e Cherif Kouachi, membros da revista satírica, fossem preservados para a localização de uma caçada nacional.
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Quinze pessoas foram mantidas reféns no mercado e quatro judeus foram mortos: Philippe Braham, 45 anos; Yohan Cohen, 22; Yoav Hattab, 21; e François-Michel Saada, 64. Amedy também assassinou uma policial francesa de 27 anos, Clarissa Jean-Philippe.
Amedy foi morto após o massacre no mercado, mas Hayat escapou. A foragida foi condenada a 30 anos de prisão por participação no ataque e filiação a organização terrorista.
Quarta (8/1) datou o aniversário do ataque, quando autoridades antiterroristas da França confirmaram que Hayat ainda está viva, baseada na Síria, e segue sendo uma ameaça ao país europeu.
Segundo relatos de testemunhas para agentes da inteligência franceses, Hayat se escondeu da Justiça com disfarces e nomes falsos. O EI a teria disponibilizado um esconderijo equipado. Hayat levava uma vida ocidentalizada, até se associar aos terroristas que agiam em Paris.