ESTADOS UNIDOS

Condenados recusam clemência de Biden e preferem ficar no corredor da morte

Presos alegam inocência e acreditam que a clemência os colocaria em desvantagem legal ao apelarem das condenações

Os condenados não aceitaram assinar os papéis que permitiriam a redução das sentenças — que passariam de execução para prisão perpétua sem liberdade condicional -  (crédito: Mauro PIMENTEL / AFP)
Os condenados não aceitaram assinar os papéis que permitiriam a redução das sentenças — que passariam de execução para prisão perpétua sem liberdade condicional - (crédito: Mauro PIMENTEL / AFP)

Dois condenados receberam comutação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sendo poupados de execução. Porém, os sentenciados Shannon Agofsky e Len Davis pediram para que o tribunal federal os permitisse continuar no corredor da morte. Ambos estão na penitenciária de Terre Haute, em Indiana. Biden propôs clemência para 37 condenados à pena de morte nos EUA.

Os condenados não aceitaram assinar os papéis que permitiriam a redução das sentenças — que passariam de execução para prisão perpétua sem liberdade condicional. Shannon e Len entraram com moções de emergência no tribunal federal distrital na semana passada, em uma tentativa de impedir a retirada do corredor da morte.

Segundo a NBC News, os condenados — que alegam inocência — acreditam que a clemência os colocaria em desvantagem legal ao apelarem das condenações. Os casos de pena de morte são examinados mais detalhadamente, em busca de erros, do que outros casos.

Shannon Agofsky foi condenado em 2004 por matar um colega de prisão no Texas. Ele estava cumprindo uma sentença de prisão perpétua por roubo, sequestro e assassinato de um presidente de banco em 1989. Len Davis, ex-policial, foi condenado por contratar um assassino de aluguel para matar uma mulher, Kim Groves, após ela ter prestado queixa contra ele. Davis diz ser inocente.

*Estagiário sob a supervisão de Roberto Fonseca

João Ribeiro*
postado em 07/01/2025 17:43 / atualizado em 07/01/2025 17:43
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