A queda do avião da Embraer que deixou ao menos 38 pessoas mortas no Cazaquistão foi provocada por um míssil terra-ar russo, conforme informaram fontes governamentais do Azerbaijão ao canal de notícias Euronews. De acordo com as autoridades, o míssil foi lançado contra o voo 8432 durante uma operação aérea de drones do sistema de defesa russo na região de Grozny e os fragmentos atingiram tanto os passageiros quanto a tripulação na cabine, explodindo ao lado da aeronave em pleno voo.
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As fontes azerbaijanas também revelaram que a aeronave não recebeu autorização para pousar em nenhum aeroporto da Rússia, apesar dos pedidos de emergência feitos pelos pilotos. Foi determinado que ela seguisse em direção ao Mar Cáspio, com destino a Aktau, no Cazaquistão. Conforme os dados disponíveis, os sistemas de navegação GPS da aeronave foram bloqueados durante todo o trajeto sobre o mar.
Esta é a segunda queda de avião da Embraer na região em pouco mais de um ano. Em agosto de 2023, teve um caso na Rússia. A aeronave era um jato executivo Legacy 600, fabricado pela Embraer. O acidente matou 10 pessoas, entre elas Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner. O jato caiu em Tver cerca de 2 mil quilômetros de distância de onde caiu o avião nesta quarta-feira (25/12).
Sobre o caso desta quarta-feira
A aeronave — um Embraer 190 — transportava 67 pessoas, dos quais cinco tripulantes. O avião saiu de Baku, capital azeri, com destino à cidade russa de Grozny, na Chechênia. Autoridades do Cazaquistão e do Azerbaijão investigam o caso. Foram levantadas hipóteses como forte neblina e até uma batida em pássaros.
Em nota, a Embraer lamentou a queda do avião. "Estamos profundamente tristes com a ocorrência envolvendo uma aeronave Embraer 190 hoje (ontem), próximo a Aktau, no Cazaquistão", disse a empresa brasileira, em nota. "Os nossos pensamentos e sinceras condolências vão para as famílias, amigos, colegas e entes queridos afetados pelo ocorrido. Estamos acompanhando de perto a situação e continuamos totalmente empenhados em apoiar as autoridades competentes".
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