Diretamente da Inglaterra, o tradicional discurso de Natal foi divulgado nesta quarta (25/12) pela família real britânica. O Rei Charles III agradece aos "altruístas médicos e enfermeiras" pelo apoio à família, marcando o fim de um ano em que ele e a princesa Kate Middleton lutaram contra o câncer.
Na mensagem gravada em uma capela hospitalar, o rei prestou homenagens à equipe médica, veteranos de guerra e trabalhadores humanitários, e ressaltou a importância da união: "Todos nós passamos por alguma forma de sofrimento em algum estágio da vida, seja mental ou físico. Em toda a comunidade, somos mantidos unidos pela disposição de ouvir uns aos outros, de aprender uns com os outros e de descobrir o quanto temos em comum."
"Do ponto de vista pessoal, agradeço de coração aos médicos e enfermeiros altruístas que neste ano apoiaram a mim e a outros membros da minha família nas incertezas e ansiedades da doença e ajudaram a fornecer a força, o cuidado e o conforto de que precisávamos", o rei se emociona.
Em pedido por paz, Charles III também discorre sobre conflitos globais e as revoltas da extrema direita no Reino Unido no meio do ano. "Neste dia de Natal, não podemos deixar de pensar naqueles para quem os efeitos devastadores do conflito no Oriente Médio, na Europa Central, na África e em outros lugares representam uma ameaça diária à vida e aos meios de subsistência de tantas pessoas."
Em uma quebra de tradição, o terceiro discurso natalino de Charles desde que assumiu o trono após a morte da rainha, foi gravado fora de uma residência real, na Capela de Fitzrovia — a primeira em quase duas décadas. Em 2023, o discurso foi realizado no Palácio de Buckingham.
Na manhã deste Natal (25/12), Charles e a esposa Camilla tiveram a companhia de outros membros da realeza para a reunião festiva anual na propriedade familiar de Sandringham, no leste da Inglaterra.
O assassinato de três meninas em evento temático de Taylor Swift no norte da Inglaterra, em julho, também foi mencionado pelo rei: "Senti um profundo orgulho aqui no Reino Unido quando, em resposta à raiva e à ilegalidade em várias cidades neste verão, as comunidades se uniram não para repetir esses comportamentos, mas para reparar, para reparar não apenas edifícios, mas relacionamentos."
Os ataques tiveram como principal alvo imigrantes e mesquitas. "A diversidade de cultura, etnia e fé traz força, não fraqueza", argumenta Charles.