Dominique Pelicot, o principal acusado do macrojulgamento por estupro na França, pediu nesta segunda-feira (16/12) à família que aceite suas "desculpas" e elogiou a "coragem" da ex-mulher, Gisèle, a quem ele drogou por uma década para estuprá-la com homens desconhecidos contactados pela internet.
"Gostaria de começar por saudar a coragem da minha ex-mulher", afirmou o homem de 72 anos no tribunal de Avignon, sul da França, em suas últimas declarações antes do anúncio do veredicto, previsto para quinta-feira (19), em um julgamento que chamou a atenção de todo o mundo.
"Lamento o que fiz, fazer sofrer (minha família) por quatro anos (quando os crimes foram revelados), peço perdão", completou.
Pelicot garantiu que contou "toda a verdade" desde o início do julgamento, em 2 de setembro, e agradeceu ao tribunal por permitir que se sentasse em uma cadeira especial devido ao seu estado de saúde frágil.
O homem, que sempre admitiu as acusações de estupro contra a ex-mulher, disse que "a privação de não ver (sua) família é pior do que a privação da liberdade".
"Posso dizer a toda a minha família que os amo. Isso é tudo. Eles têm o resto da minha vida em suas mãos", concluiu, dirigindo-se aos cinco juízes profissionais do tribunal.
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No dia 25 de novembro, a Promotoria solicitou a pena máxima possível por estupro com agravantes: 20 anos de prisão.
A maioria dos outros 50 réus também é acusada de estupro com agravantes. O Ministério Público pediu entre 10 e 18 anos de prisão para 49 deles e quatro para o único acusado por "tocar" em Gisèle Pelicot.
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