Mundo

Tribunal sul-coreano emite ordem de prisão contra presidente suspenso

Essa é a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente no exercício do cargo, mesmo suspenso de suas funções, é alvo de uma ordem de prisão

Yoon mergulhou o país em uma grave crise política ao declarar, de forma surpreendente, uma lei marcial na noite de 3 de dezembro e enviar o exército à Assembleia Nacional para impor sua implementação -  (crédito:  AFP)
Yoon mergulhou o país em uma grave crise política ao declarar, de forma surpreendente, uma lei marcial na noite de 3 de dezembro e enviar o exército à Assembleia Nacional para impor sua implementação - (crédito: AFP)

Um tribunal sul-coreano emitiu uma ordem de prisão contra o presidente Yoon Suk Yeol, atualmente suspenso de suas funções após uma votação de impeachment no Parlamento, informaram nesta terça-feira (31, data local) os responsáveis pela investigação sobre sua breve declaração de lei marcial.

"As ordens de busca e prisão contra o presidente Yoon Suk Yeol [...] foram emitidas nesta manhã", afirmou em comunicado o órgão responsável pela investigação conjunta contra ele. "Não foi definido nenhum cronograma para os próximos procedimentos", acrescentou.

Essa é a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente no exercício do cargo, mesmo suspenso de suas funções, é alvo de uma ordem de prisão.

Embora a Assembleia Nacional tenha aprovado o impeachment de Yoon em 14 de dezembro, a decisão ainda precisa ser ratificada pelo Tribunal Constitucional, que tem até meados de junho para tomar uma decisão final.

Yoon mergulhou o país em uma grave crise política ao declarar, de forma surpreendente, uma lei marcial na noite de 3 de dezembro e enviar o exército à Assembleia Nacional para impor sua implementação.

Contudo, com milhares de manifestantes nas ruas, deputados opositores conseguiram entrar na câmara legislativa, utilizar sua maioria para votar contra a lei e obrigar o presidente a recuar.

O mandatário de 64 anos, que antes era um popular procurador na Coreia do Sul, ignorou até três convocações para ser interrogado sobre os acontecimentos, o que levou os investigadores a solicitar, na segunda-feira, uma ordem de prisão contra ele.

AFP
postado em 31/12/2024 09:09
x