O Exército israelense anunciou, neste sábado (28), o fim da sua operação contra um "centro de comando do Hamas" em um hospital no norte da Faixa de Gaza, onde prendeu seu diretor médico para interrogá-lo.
"O exército e os serviços de inteligência completaram uma operação direcionada contra um centro de comando do Hamas no hospital Kamal Adwan", afirmou em comunicado.
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O diretor do hospital, Hosam Abu Safiya, "suspeito de ser um terrorista do Hamas", foi detido para interrogatório, confirmaram os militares israelenses.
"As forças prenderam mais de 240 terroristas nas áreas circundantes", acrescentou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado que o hospital, o último centro de saúde operacional no norte do território palestino e que ficou fora de serviço por um ataque israelense na sexta-feira, estava "vazio".
"Kamal Adwan agora está vazio. Ontem à noite, os últimos 15 pacientes críticos, 50 assistentes e 20 profissionais de saúde foram transferidos para o hospital indonésio, que não dispõe dos equipamentos e materiais necessários para prestar cuidados adequados", disse a OMS, que se declarou "consternada" com o ataque.
A agência da ONU especificou que "uma missão urgente da OMS está prevista no hospital indonésio amanhã [domingo] para transportar com segurança os pacientes para o sul de Gaza".
A OMS também relatou acusações de que "várias pessoas foram despojadas e forçadas a caminhar para o sul" do enclave.
O Ministério da Saúde do território governado pelo movimento islamista palestino Hamas afirmou que as tropas israelenses levaram "dezenas de profissionais médicos" do hospital, incluindo o diretor Abu Safiya, para "um centro de detenção para interrogá-los".
Israel intensificou a sua ofensiva terrestre e aérea no norte da Faixa de Gaza desde 6 de outubro para impedir, segundo o exército, o reagrupamento dos combatentes do Hamas.
Com este objetivo, o exército indicou ter lançado uma operação na manhã de sexta-feira perto do hospital Kamal Adwan, importante estabelecimento em uma Faixa de Gaza sitiada e com serviços de saúde praticamente destruídos após mais de um ano de guerra entre Israel e o Hamas.
"O desmantelamento sistemático do sistema de saúde e o cerco de mais de 80 dias no norte de Gaza põem em perigo a vida dos 75 mil palestinos que permanecem na área", denunciou a OMS.