CONFLITOS

Esposa de Bashar al-Assad quer se divorciar do ex-ditador sírio

Ela e o ex-ditador estão em exílio em Moscou após terem sido obrigados a deixar a Síria por conflitos com os rebeldes

Asma e Bashar al-Assad engataram o relacionamento quando ele se mudou para Londres, para se formar como um oftalmologista -  (crédito: -)
Asma e Bashar al-Assad engataram o relacionamento quando ele se mudou para Londres, para se formar como um oftalmologista - (crédito: -)

A esposa britânica de Bashar al-Assad, ditador sírio deposto este mês, teria pedido divórcio, conforme o jornal Jerusalem Post. Asma al-Assad, de 49 anos, pediu permissão ao tribunal russo para deixar o país e, também, o marido. O pedido ainda está em análise pelas autoridades russas. 

Ela e o ex-ditador estão em exílio em Moscou após terem sido obrigados a deixar a Síria em decorrência de conflitos com a oposição de Bashar al-Assad. A ex-primeira-dama, que era conhecida como “Rosa do Deserto”, estaria incomodada por estar sob as condições e vigia do presidente Vladimir Putin, e teria demonstrado o desejo de retornar ao Reino Unido.

Ao que tudo indica, a família Assad está sob diversas restrições enquanto estão em território russo: proibidos de deixar o local; de se envolver em atividades políticas e com bens; e patrimônios congelados.

Asma e Bashar al-Assad engataram o relacionamento quando ele se mudou para Londres para se formar como um oftalmologista. A união se tornou oficial em 2000, quando Assad herdou a ditadura da Síria, após a morte do irmão, Bassel, em um acidente de carro. O casamento deles era visto como uma tentativa de unir interesses dos sunitas, que Asma era membro, com a seita alauita.

Quem é Asma al-Assad?

A ex-primeira-dama nasceu em Acton, bairro a oeste de Londres. Filha de um cardiologista e uma diplomata, ambos sírios, Asma Akhras estudou em escola particular e era chamada carinhosamente de “Emma” pelos colegas. Formou-se em Ciência da Computação pela King's College London.

A presença de Asma trouxe esperança de reformas políticas e sociais para o povo sírio, contudo as expectativas acabaram não se tornando realidade.

*Estagiária sob supervisão de Ana Raquel Lelles

Mirna Silveira*
MS
postado em 23/12/2024 19:57
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