ALEMANHA

Sobe para cinco o número de mortos em atropelamento em mercado de Natal

Segundo as autoridades alemãs, são mais de 200 feridos, com vários em estado muito grave de saúde

Carro da polícia na entrada do mercado de Natal, onde ocorreu o atentado, em Magdeburg, leste da Alemanha -  (crédito: John Macdougall/AFP)
Carro da polícia na entrada do mercado de Natal, onde ocorreu o atentado, em Magdeburg, leste da Alemanha - (crédito: John Macdougall/AFP)

O número de vítimas do atropelamento em um mercado de Natal em Magdeburgo, Alemanha, subiu para cinco mortos e mais de 200 feridos, anunciou neste sábado (21/12) o chefe de Governo da região de Saxônia-Anhalt, Reiner Haseloff.

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"Perdemos cinco vidas. E há mais de 200 feridos, vários em estado grave e muito grave. É uma dimensão que nenhum de nós pode imaginar", declarou Haseloff ao lado do chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, que expressou preocupação com s quase 40 feridos em estado grave e condenou a "terrível catástrofe" ocorrida na noite de sexta-feira.

 

Um suspeito foi detido próximo ao mercado, anunciou a polícia pouco depois. Segundo Reiner Haseloff, chefe de governo do estado federado de Saxônia-Anhalt, do qual Magdeburgo é a capital, o suspeito é um médico saudita do aproximadamente 50 anos, que vive na Alemanha desde 2006.

Por sua vez, o chefe de governo alemão Olaf Scholz considerou que o incidente "suscita os piores temores".

"Foi um acontecimento horrível, nas vésperas do Natal", declarou Haseloff à emissora de televisão pública MDR.

Segundo o serviço de emergência, há vários feridos em "estado grave" pelo incidente.

Redobrar a vigilância

O canal de televisão NTV mostrou ambulâncias e caminhões dos bombeiros no lugar do ataque, feridos sendo levados a hospitais e socorristas instalando dispositivos de ajuda para as vítimas.

A ministra do Interior, Nancy Faeser, pediu recentemente um aumento da vigilância durante os mercados natalinos, mas sem mencionar ameaças concretas.

O serviço de inteligência advertiu que os mercados de Natal eram um "objetivo ideologicamente apropriado para as pessoas motivadas pelo islamismo" radical.

Em dezembro de 2016, a Alemanha foi palco de um violento atentado contra um mercado natalino.

Aquele ataque, no centro de Berlim, deixou 12 mortos e foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Vários atentados e projetos de atentados islamistas, que envolveram cidadãos estrangeiros, chocaram o país nos últimos meses.

No fim de agosto, um ataque com faca, cometido por um cidadão sírio e reivindicado pelo grupo EI, deixou três mortos e vários feridos em uma festividade em Solingen, no oeste do país.

Em junho, outro ataque com faca, atribuído a um afegão e cometido durante uma concentração anti-islã em Mannheim, deixou um policial morto, que tinha se colocado entre o agressor e as pessoas que lá estavam reunidas.

Em setembro, um homem de 27 anos, de nacionalidade síria e suspeito de ter laços com o islamismo radical, foi detido por preparar um ataque com um facão contra soldados alemães em uma cidade da Baviera, no sul. 

Desde o ataque do movimento islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, as autoridades alemãs redobraram sua vigilância diante da ameaça islamista e do aumento do antissemitismo, como também foi feito em outras partes do mundo.

Em mensagem na rede X, o presidente francês Emmanuel Macron escreveu que "a França compartilha a dor do povo alemão e expressa toda a sua solidariedade".

Por sua vez, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni disse que estava "profundamente chocada" por este ataque "brutal".

* Com informações da Agência France Presse

Correio Braziliense
postado em 21/12/2024 09:00 / atualizado em 21/12/2024 09:01
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