Por sua vez, o chefe de governo alemão Olaf Scholz considerou que o incidente "suscita os piores temores".
"Foi um acontecimento horrível, nas vésperas do Natal", declarou Haseloff à emissora de televisão pública MDR.
Segundo o serviço de emergência, há vários feridos em "estado grave" pelo incidente.
Redobrar a vigilância
O canal de televisão NTV mostrou ambulâncias e caminhões dos bombeiros no lugar do ataque, feridos sendo levados a hospitais e socorristas instalando dispositivos de ajuda para as vítimas.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, pediu recentemente um aumento da vigilância durante os mercados natalinos, mas sem mencionar ameaças concretas.
O serviço de inteligência advertiu que os mercados de Natal eram um "objetivo ideologicamente apropriado para as pessoas motivadas pelo islamismo" radical.
Em dezembro de 2016, a Alemanha foi palco de um violento atentado contra um mercado natalino.
Aquele ataque, no centro de Berlim, deixou 12 mortos e foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Vários atentados e projetos de atentados islamistas, que envolveram cidadãos estrangeiros, chocaram o país nos últimos meses.
No fim de agosto, um ataque com faca, cometido por um cidadão sírio e reivindicado pelo grupo EI, deixou três mortos e vários feridos em uma festividade em Solingen, no oeste do país.
Em junho, outro ataque com faca, atribuído a um afegão e cometido durante uma concentração anti-islã em Mannheim, deixou um policial morto, que tinha se colocado entre o agressor e as pessoas que lá estavam reunidas.
Em setembro, um homem de 27 anos, de nacionalidade síria e suspeito de ter laços com o islamismo radical, foi detido por preparar um ataque com um facão contra soldados alemães em uma cidade da Baviera, no sul.
Desde o ataque do movimento islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, as autoridades alemãs redobraram sua vigilância diante da ameaça islamista e do aumento do antissemitismo, como também foi feito em outras partes do mundo.
Em mensagem na rede X, o presidente francês Emmanuel Macron escreveu que "a França compartilha a dor do povo alemão e expressa toda a sua solidariedade".
Por sua vez, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni disse que estava "profundamente chocada" por este ataque "brutal".
* Com informações da Agência France Presse