Kim Yong-hyun, ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul, tentou tirar a própria vida enquanto estava sob custódia nesta quarta-feira (11/12). O episódio ocorreu antes da emissão formal de um mandado de prisão contra Kim, acusado de envolvimento na controversa declaração de lei marcial feita pelo presidente Yoon Suk-yeol na última semana.
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Kim foi detido no domingo (8/12), tornando-se o primeiro preso no caso. Segundo as autoridades sul-coreanas, ele tentou o suicídio em um banheiro da prisão, mas foi interrompido por agentes penitenciários. Após o incidente, Kim foi colocado em isolamento e aparenta estar estável sem problemas de saúde.
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A atitude do ex-ministro intensifica a crise política que abala o país desde o dia 3 de dezembro, quando o presidente Yoon declarou brevemente lei marcial, acusando a oposição de atividades “antiestatais” e de simpatia com a Coreia do Norte. O decreto gerou cenas de tensão, com militares invadindo a Assembleia Nacional e enfrentando resistência. Yoon recuou após seis horas, mas enfrenta forte pressão para renunciar.
O presidente sobreviveu a uma votação de impeachment no sábado, após boicote do próprio partido, o Partido do Poder Popular, mas líderes governistas já pedem a renúncia para conter a crise. Yoon segue proibido de deixar o país enquanto promotores investigam acusações de insurreição.