Manifestantes colaram fotos de altos executivos da área da saúde com a legenda “procurados” pelas ruas de Manhattan, nos Estados Unidos. O protesto ocorre depois do assassinato do CEO da UnitedHealthCare, Brian Thompson, na quarta-feira (4/12). A ação chamou a atenção das autoridades.
A morte do CEO, que ocorreu em frente a um hotel,em Nova York, serviu como ponto de partida para que alguns cidadãos critiquem as multinacionais da área de saúde do país.
Além da palavra "procurado", as fotos continham a seguinte frase: "Negando assistência médica para lucro corporativo. Os CEOs da área da saúde não devem se sentir seguros”. Alguns cartazes também apresentavam as palavras: “Negue. Defenda. Deponha”, do suspeito da morte de Thompson, Luigi Mangione.
Um boletim divulgado pelo Departamento de Polícia de Nova York, na última terça-feira (10/12), confirmou o potencial aumento de risco para outros CEOs da área após a repercussão do caso. As manifestações em favor de Mangione preocupam as autoridades.
O boletim afirma que, mesmo após a identificação e prisão do suspeito, alguns internautas reagiram positivamente em relação ao assassinato, a favor de mais ataques, e comentam sobre teorias da conspiração relacionadas ao caso.
Suspeito da morte de Thompson
Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso menos de uma semana após a morte de Brian Thompson, na segunda-feira (9/12). Ele foi encontrado portando uma arma semelhante à utilizada no crime, um silenciador, um manifesto manuscrito de críticas às empresas de saúde e identidades falsas. A arma havia sido montada com peças de lojas on-line, o que dificulta o rastreio.
O suspeito foi identificado em um McDonald’s em Altoona, aproximadamente às 9h15, por um trabalhador que não quis se identificar. A identidade falsa de Nova Jersey coincide com a que teria sido utilizada pelo atirador em um albergue de Manhattan, em 24 de novembro.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer