O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, disse que o suspeito de matar o CEO de uma gigante companhia de seguros de saúde de Nova York "não é um herói". Luigi Mangione, 26 anos, foi preso na segunda-feira (9/12), no âmbito da investigação sobre o assassinato do executivo Brian Thompson, da UnitedHealthcare.
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"Na América, não matamos pessoas a sangue frio para resolver diferenças políticas ou expressar um ponto de vista. Eu entendo que as pessoas têm frustração real com nosso sistema de saúde, e eu trabalhei para lidar com isso ao longo da minha carreira", disse Josh Shapiro à NBC News.
"Mas eu não tenho tolerância, nem ninguém deveria, para um homem usando uma arma ilegal para assassinar alguém porque ele acha que sua opinião importa mais. Em uma sociedade civil, estamos todos menos seguros quando ideólogos se envolvem em justiça vigilante", acrescentou o governador.
Luigi foi preso em Altoona, na Pensilvânia. "Membros do Departamento de Polícia de Altoona prenderam Luigi Mangione, um homem de 26 anos, por posse de arma de fogo. Neste momento, acreditamos que ele seja a pessoa que estamos procurando", disse Jessica Tisch, chefe da polícia de Nova York.
A arma encontrada com ele tinha características semelhantes à utilizada para assassinar o executivo Brian Thompson.
Detalhes do crime brutal em Nova York
O atirador se aproximou por trás de Brian Thompson, de 50 anos, e disparou contra ele na quarta-feira (4/12), na frente de pessoas. O ataque foi registrado por uma câmera de segurança. As imagens de vídeo mostram Thompson na calçada em frente ao hotel New York Hilton Midtown, quando um homem vestido com um capuz se aproxima e dispara várias vezes. Depois, o assassino fugiu de bicicleta em direção ao Central Park.
O UnitedHealth Group é uma das maiores companhias de seguros médicos nos Estados Unidos, com 440 mil funcionários. No terceiro trimestre do ano, faturou 100,8 bilhões de dólares (R$ 610,4 bilhões na cotação atual).
A polícia ainda não revelou a motivação do motivo do crime e não confirmou relatos da imprensa que indicavam que as palavras "demorar" e "negar" — termos comumente usados pelas seguradoras para rejeitar dos clientes — estavam escritas nas cápsulas de bala encontradas na cena do crime.
*Com informações da AFP