LEI MARCIAL

Coreia do Sul terá promotor especial para investigar presidente

Além de Yoon Suk Yeol, ex-ministro da Defesa deve ser investigado; casa faz nova votação de impeachment no sábado

O projeto que autoriza a instauração do inquérito foi aprovado pelo parlamento com 210 votos a favor contra 63 votos contrários e 14 abstenções -  (crédito:  JEON HEON-KYUN / POOL / AFP)
O projeto que autoriza a instauração do inquérito foi aprovado pelo parlamento com 210 votos a favor contra 63 votos contrários e 14 abstenções - (crédito: JEON HEON-KYUN / POOL / AFP)

A Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou, nesta terça-feira (10/12), projeto que vai exigir a nomeação de um promotor especial para investigação que tem o presidente Yoon Suk Yeol como alvo. O presidente sul-coreano é acusado de tentar dar golpe de Estado no país após tentativa frustrada de decretar Lei Marcial, em 30 de novembro.

O projeto que autoriza a instauração do inquérito foi aprovado pelo parlamento com 210 votos a favor contra 63 votos contrários e 14 abstenções. Além de Yoon, a ação vai investigar o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Park An-su, e outros envolvidos no decreto.

Yoon Suk Yeol continua na presidência, mas está proibido de deixar o país por ordem do Ministério da Justiça. 

A aprovação ocorre dias antes de uma nova votação de impeachment do presidente, que vai acontecer no sábado (13/12). No último sábado, um boicote por parte dos parlamentares do Partido do Poder Popular (PPP), sigla do presidente, que não compareceram à votação, evitou a queda do presidente. Para o impeachment ser aprovado no país, é necessário o voto favorável de 200 dos 300 deputados. 

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Gabriella Braz
postado em 10/12/2024 15:26 / atualizado em 10/12/2024 15:27
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