O rapper americano Jay-Z criticou uma ação judicial que alega que ele, juntamente com Sean "Diddy" Combs, drogou e estuprou uma menina de 13 anos em uma festa em 2000.
A autora da acusação alega ter sido violentada durante uma festa em uma casa após o MTV Video Music Awards (VMA), em Nova York, e que uma celebridade mulher não identificada estava no quarto no momento.
Em comunicado, Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, rejeitou a ação judicial, classificando o processo como uma "tentativa de chantagem".
Combs — que está na prisão aguardando julgamento, após ter sido acusado, em setembro, de tráfico sexual e outros crimes — negou a recente acusação.
A ação judicial foi originalmente apresentada em outubro, e foi reapresentada no domingo (8/12) para incluir Jay-Z como réu.
A BBC entrou em contato com o advogado de Jay-Z, Alex Spiro, e seu agente para comentar.
O processo foi aberto com base na Lei de Proteção às Vítimas de Violência motivada por Gênero de Nova York, por um advogado do Texas, Tony Buzbee.
Buzbee entrou com várias ações judiciais nos últimos meses acusando Combs de agressão e estupro. O astro de hip-hop deve ir a julgamento no dia 5 de maio de 2025.
Jay-Z disse em uma declaração publicada nas redes sociais: "Meu advogado recebeu uma tentativa de chantagem, chamada carta de demanda, de um 'advogado' chamado Tony Buzbee".
"O que ele calculou foi que a natureza dessas alegações e o escrutínio público me fariam querer chegar a um acordo."
"Não, senhor, isso teve o efeito oposto! Me fez querer expor você pela fraude que você é, de maneira MUITO pública. Então, não, não vou te dar nenhum centavo!"
Um comunicado da equipe jurídica de Combs afirma que a retificação deste processo era o mais recente de uma série de "golpes publicitários descarados, criados para obter pagamentos de celebridades que temem que mentiras sejam espalhadas sobre elas, assim como mentiras foram espalhadas sobre Combs".
O comunicado diz ainda que a ação judicial mostraria que Combs é inocente de todas as acusações contra ele. Ele enfrenta outros 30 processos.
A autora anônima do processo judicial de domingo, identificada apenas como "Jane Doe", declarou que em 2000, quando tinha 13 anos, uma amiga a deixou no VMA, no Radio City Music Hall, em Manhattan.
Ela abordou motoristas de limusine do lado de fora do local para tentar obter acesso à cerimônia de premiação, de acordo com a ação judicial.
Um motorista disse a ela que trabalhava para Combs — e que ela "se encaixava no que Diddy estava procurando", diz o processo.
Mais tarde naquela noite, o motorista a levou a uma festa em uma casa branca, de acordo com a ação judicial.
Jane Doe afirma que, quando chegou à festa, lhe pediram para assinar um documento, que ela acredita ser um acordo de confidencialidade, diz o processo.
A ação judicial acrescenta que ela reconheceu "muitas celebridades" na festa — e observou o uso generalizado de drogas, incluindo cocaína.
Uma garçonete ofereceu a ela uma bebida que a deixou "tonta", então ela foi até um quarto para se deitar, de acordo com o processo.
Logo depois, afirma a ação judicial, Combs e Jay-Z entraram no quarto com uma celebridade mulher, descrita como Celebridade B. "A autora reconheceu imediatamente as três celebridades", diz o processo.
A ação judicial relata que Combs se aproximou dela "com um olhar enlouquecido", a agarrou e disse: "Você está pronta para a festa!"
Jay-Z teria então a segurado e estuprado, antes de Combs ter feito o mesmo, tudo isso enquanto a Celebridade B assistia, de acordo com o processo.
Jane Doe reagiu durante o ataque e, quando Combs recuou surpreso, ela fugiu, diz a ação judicial.
O processo, que pede indenização não especificada, afirma que a autora ainda sofre de transtorno de estresse pós-traumático e depressão como resultado dos supostos estupros.
Em sua declaração, Jay-Z, que é casado com a cantora Beyoncé, com quem tem três filhos, disse: "Meu único sofrimento é pela minha família".
"Minha esposa e eu vamos ter que sentar com nossos filhos — um deles está na idade em que os amigos certamente vão ver na imprensa e fazer perguntas sobre a natureza dessas alegações —, e explicar a crueldade e a ganância das pessoas."