Abu Mohammed al-Jolani, líder da ofensiva que tomou a capital síria, disse que o fim do governo de Bashar al-Assad é "uma vitória da nação islâmica". Ele discursou para uma multidão na Mesquita Umayyad, em Damasco, neste domingo (8/12), depois que o presidente da Síria saiu do país.
Bashar al-Assad governou a Síria com mão de ferro durante 24 anos e reprimiu com violência uma revolta pró-democracia em 2011. Ele assumiu o controle do país em 2000, sucedendo o pai, que governava desde 1971.
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Centenas de pessoas saíram às ruas de Damasco e Istambul, na Turquia, onde vive uma diáspora de meio milhão de sírios, para celebrar a "fuga" do presidente Bashar al-Assad da capital síria.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também celebrou o fim do "regime ditatorial" da Síria e orientou que o país foque na reconstrução e evite a violência.
"Após 14 anos de guerra brutal e da queda do regime ditatorial, hoje o povo da Síria pode aproveitar uma oportunidade histórica para construir um futuro estável e pacífico", afirmou.
Entenda
Em 27 de novembro uma aliança rebelde liderada por islamistas iniciou uma ofensiva relâmpago no noroeste do país. Os insurgentes conquistaram rapidamente várias cidades, com o objetivo de chegar a Damasco e derrubar o presidente.
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"Depois de 50 anos de opressão sob o governo do partido Baath e 13 anos de crimes, tirania e deslocamento (desde o início da revolta em 2011), anunciamos hoje o fim da era obscura e o início de uma nova era para a Síria", afirmaram os rebeldes.
Com informações da AFP*