A aliança rebelde síria liderada por grupos islamistas anunciou, neste domingo (8/12), que tomou o controle de Damasco. Além disso, a Rússia afirmou que o presidente sírio Bashar al-Assad renunciou ao cargo e saiu do país. A localização de Assad ainda é desconhecida.
Bashar al-Assad governou a Síria com mão de ferro durante 24 anos e reprimiu com violência uma revolta pró-democracia em 2011, que virou uma das guerras mais sangrentas do século. Ele assumiu o controle do país em 2000, sucedendo o pai, que governava desde 1971.
Centenas de pessoas saíram às ruas de Damasco e Istambul, na Turquia, onde vive uma diáspora de meio milhão de sírios, para celebrar a "fuga" do presidente Bashar al-Assad da capital síria.
"A Síria é nossa, não é da família Assad", gritavam homens armados, integrantes de grupos rebeldes, que dirigiram por algumas ruas da cidade e atiraram para o alto.
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Assad "fugiu de seu país" depois de perder o apoio da Rússia. Já a Casa Branca ressaltou que o presidente em fim de mandato, Joe Biden, acompanha "com atenção os extraordinários acontecimentos" em curso na Síria.
Entenda o conflito
Em 27 de novembro uma aliança rebelde liderada por islamistas iniciou uma ofensiva relâmpago no noroeste do país. Os insurgentes conquistaram rapidamente várias cidades, com o objetivo de chegar a Damasco e derrubar o presidente.
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A Síria é cenário de uma guerra civil desde a violenta repressão pelo regime de Assad das manifestações pró-democracia no país, em 2011, no contexto das denominadas "primaveras árabes".
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"Depois de 50 anos de opressão sob o governo do partido Baath e 13 anos de crimes, tirania e deslocamento (desde o início da revolta em 2011), anunciamos hoje o fim da era obscura e o início de uma nova era para a Síria", afirmaram os rebeldes.
Com informações da AFP*