GUERRA CIVIL

Rebeldes querem "libertar a Síria de um regime opressivo", diz líder do movimento

Ofensiva do grupo islâmico tomou o controle da cidade de Homs e avança para a capital Damasco

 Forças antigovernamentais atearam fogo à bandeira síria na cidade de Salamiyah, na província central de Hama, em 7 de dezembro de 2024. Forças rebeldes pressionando uma ofensiva relâmpago na Síria visam derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad, disse seu líder islâmico em uma entrevista publicada em 6 de dezembro. Em pouco mais de uma semana, a ofensiva viu a segunda maior cidade da Síria, Aleppo, e a estrategicamente localizada Hama caírem do controle de Assad pela primeira vez desde que a guerra civil começou em 2011. (Foto de Omar HAJ KADOUR / AFP) -  (crédito: Omar HAJ KADOUR / AFP)
Forças antigovernamentais atearam fogo à bandeira síria na cidade de Salamiyah, na província central de Hama, em 7 de dezembro de 2024. Forças rebeldes pressionando uma ofensiva relâmpago na Síria visam derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad, disse seu líder islâmico em uma entrevista publicada em 6 de dezembro. Em pouco mais de uma semana, a ofensiva viu a segunda maior cidade da Síria, Aleppo, e a estrategicamente localizada Hama caírem do controle de Assad pela primeira vez desde que a guerra civil começou em 2011. (Foto de Omar HAJ KADOUR / AFP) - (crédito: Omar HAJ KADOUR / AFP)

Após ofensiva que cercou a capital da Síria neste sábado (7/12), o líder do movimento islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammad al-Julani, declarou que objetivo do grupo é derrubar o regime do presidente Bashar al Assad. A declaração foi dada em entrevista ao The New York Times nesta tarde.

Al-Julani afirmou ao veículo que pretende "libertar a Síria de um regime opressivo". Segundo ele, as ofensivas dos últimos 10 dias surpreenderam o governo sírio. "Esta operação quebrou o inimigo", afirmou. 

Neste sábado, os rebeldes tomaram a cidade de Homs, terceira cidade mais populosa do país, a cerca de 150 km de Damasco. Segundo Hassan Abdel Ghani, um dos líderes do movimento, o HTS conseguiu libertar 3,5 mil pessoas presas na penitenciária da cidade.

Desde o início da ofensiva relâmpago, o grupo já tomou o controle de Aleppo, segunda maior cidade da Síria, de Hama, no centro do país, além de Quneitra, na fronteira com Israel. A estratégia do grupo é cercar o território de Damasco para avançar para a capital.

Em declaração, o ministro da Defesa do país afirmou que há um "cerco militar forte" em volta de Damasco. Governo também negou que o presidente e a família dele tenham deixado a capital. 

A guerra civil da Síria já dura mais de 10 anos. Atualmente, o país está dividido entre regiões dominadas pelo regime de Bashar al-Assad e territórios controlados por rebeldes ou por forças curdas. Apoiado pela Rússia e pelo Irã, essa é a primeira vez que o governo de Bashar al-Assad perde o controle de tantas cidades em um período tão curto desde o início da guerra, em 2011. 

*Com informações de AFP

 

postado em 08/12/2024 00:19 / atualizado em 08/12/2024 00:20
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