O governo do primeiro-ministro da França, Michel Barnier, foi derrubado nesta quarta-feira (4/12) pelo parlamento do país. Conservador de centro-direita, Barnier havia assumido o cargo há apenas 90 dias.
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Barnier tentou aprovar o Orçamento de 2025 da França sem passar pelo parlamento, e logo em seguida foi alvo de uma moção de censura, ou de "desconfiança", para deixar o cargo. O imbróglio em torno do Orçamento envolve ambições de parlamentares de esquerda e direita de olho nas eleições presidenciais de 2027 — vale lembrar que Macron, atual presidente, não poderá tentar a segunda reeleição.
De acordo com a Agência France-Press, foram 331 votos a favor da medida para derrubar o primeiro-ministro — 43 a mais do que a maioria absoluta necessária para que fosse aprovada. Os deputados rejeitaram, também, o orçamento de 2025 feito pelo então primeiro-ministro.
Antes do plenário de votação, Barnier havia dito que "esta moção de censura vai deixar tudo mais grave e difícil", fazendo referência à atual situação econômica da França. Ele também citou uma frase do livro O pequeno príncipe. "Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável por todos." Michel Barnier continua no cargo até que o presidente Emmanuel Macron indique um sucessor.